sexta-feira, dezembro 29, 2006

Para 2007

Deixo umas palavrinhas de Fernando Pessoa

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

A vã glória de tentar ensinar

Não conhecendo as Leis de Murphy a fundo, quase me atrevo a dizer que esta minha teoria dava direito a constar dos anais do género: é óbvio que quando digo que não vou escrever aqui nada tão depressa há-de acontecer alguma coisa e quando digo que vou ter postas de pescada fresquinhas todos os dias estou semanas à deriva.
Assim, e depois de ontem me ter despedido até 2007, cá estou, como aqueles visitas que aparecem sem avisar, mas agora também já tenho portões, temporários, mas isso não interessa nada.
O que interessa é que sinto que falhei redondamente nesta minha missão de “mestre”. Se levamos as coisas nas calmas, porque gritar com alguém não é seguramente a maneira de fazermos ver o nosso ponto de vista ou de mostrarmos que temos de caminhar todos no mesmo sentido, independentemente de o caminho mais rápido ser por um atalho, a verdade é que essa acalmia se há-de virar contra nós e depois já é tarde. Tarde para dar dois berros. Tarde para mudar de atitude. Tarde para fazer ver que não houve evolução. Tarde para ser má. Mas não é tarde para mudar de estratégia para as próximas missões. E isto sem querer falar no facto de acharmos que estamos a dar alguns docinhos e depois nos trazerem o papel de embrulho a dizer que era realmente bom, mas que já acabou.
Voltando ao início, e porque tudo isto é uma grande bola de neve – será que a 29 de Janeiro volta a nevar em Lisboa e arredores? – deixo uma suposta Lei de Murphy que encontrei na Wikipédia: “Sorria! Amanhã será pior!”

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Obrigada a todos

Há muito que não fazia isto: passar um e-mail que gostei para aqui e, obviamente, dar um alô... Como tal, e em jeito de balanço - porque é quase garantido que só volto para o ano - deixo um e-mail que seguramente já muita gente recebeu, mas que, a meu ver, dá para perceber que nem tudo o que circula neste meio é verdade...
Um grande beijo a todos e um 2007 em grande! (ou pequeno, porque o tamanho não interessa nada)

Quero agradecer a todos os meus amigos que me reencaminharam e-mails em cadeia durante 2006. Graças à vossa indulgência e bondade:
- Parei de beber Coca-Cola desde que descobri que serve para retirar manchas da sanita.
- Parei de ir ao cinema, com medo de me sentar numa agulha infectada com sida.
- Cheiro a refogado, desde que parei de usar desodorizantes porque causam cancro.
- Não deixo o meu carro em parques de estacionamento nem em qualquer outro sítio, com medo de alguém me drogar com uma amostra de perfume e tentar assaltar-me.
- Também deixei de atender o telefone, com medo de me pedirem para marcar um número estúpido e receber uma conta de telefone infernal com chamadas para o Uganda, Kinchasa, Singapura e Cebolais de Cima.
- Também parei de beber da lata, com medo de ficar doente das fezes e urina de rato.
- Quando vou a festas, não olho para mulher nenhuma, por mais boa que seja, com medo que ela me leve para um hotel, me drogue e me retire os rins para vender no mercado negro.
- Também doei todas as minhas poupanças à conta da Amy Bruce, uma menina doente que está a morrer no hospital desde 1993, e que desde então tem 8 anos de idade.
- Quanto ao meu telemóvel Nokia grátis, nunca chegou, assim como as passagens que tinha ganho para umas férias pagas na Disneylandia.

NOTA IMPORTANTE:
- Se não enviares este e-mail a pelo menos 1247 pessoas nos próximos 10 segundos, um pássaro vai cagar na tua cabeça amanhã às 17:33.
Muito e muito obrigado.

terça-feira, dezembro 19, 2006

O que será dos CTT?

Ontem chegou o primeiro postal de Natal, escrito a azul. Coisa rara nos dias de hoje, em que tudo o que queremos dizer enviamos por e-mail ou sms. E depois? Como é que enchemos aquelas caixinhas de papelão com flores, onde guardamos as cartas, os postais ou os bilhetes de comboio, para não esquecer aquela que foi a primeira viagem à terra da Heidi? Já o ano passado poucos enviei. Este ano, nem um. Mas, todos os anos ando à caça de imagens de Natal para criar os meus próprios postais. Há que ser diferente. Goste-se ou não, igual àquele não há mais nenhum, já para não falar naquela máxima de que “o que conta é a intenção”. E isto tudo para dizer que quando os servidores dão o berro ou temos de formatar o disco, tudo se perde e não há postais ou e-mails daqueles que em determinada altura da tua vida serviram de alento que resistam. Assim, a gerência deste canto, agradece a todos os interessados que lhe queiram enviar um postal de Natal ou tão-só uma carta a insultar.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Bom fim-de-semana

Foto: World Press Cartoon

E se...

... eu aprendesse que há coisas que não se dizem, hã?

quinta-feira, novembro 30, 2006

Será?

"Só escreve quem não está bem com a vida, quem está desde sempre descentrado e busca o irremediável equilíbrio nas palavras"
in Asfixia, de Pedro Paixão

Pensamentos

O pensamento do dia poderia ser:
"Há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam", de Henry Ford

Mas, a ocasião merece antes uma música:
muda de vida, se tu não vives satisfeito
muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
muda de vida, não deves viver contrafeito
muda de vida, se há vida em ti a latejar
Humanos

segunda-feira, novembro 27, 2006

O início

No início foi desta escultura que me lembrei. Era assim que me sentia, nua, de parte. Queria estar sozinha no meu canto, mas agora já não!
A harmonia está de volta. A semana passada um feito surpreendente pelo telefone. Hoje, um aqui mesmo ao lado. E parece-me que esta onda vai continuar. Como se costuma dizer: "pobrete, mas alegrete", e é assim que me sinto.

domingo, novembro 26, 2006

Piropo

Normalmente, não acho grande piada a piropos, mas este acho que é digno de ficar aqui para a posteridade.
"Olá minha estrela! Queres cometa?"

Qualquer dia, ainda te roubo a clientela ;)

quinta-feira, novembro 23, 2006

Vamos lá então fazer esse sacrifício

Um orgasmo global pela paz mundial
Uma página na internet convida todas as pessoas do mundo a ter relações sexuais no dia 22 de Dezembro. O objectivo é, através de um orgasmo global, canalizar toda a energia a favor da paz.

Mas que chatice, ainda falta um mês... bem, daqui até lá, treinemos para não falhar nesta missão tão nobre!

quarta-feira, novembro 22, 2006

Estou nas nuvens

Fazer uma reportagem sobre o papel de Markl no filme de animação Por Água Abaixo enquanto ouço a banda-sonora do Senhor dos Anéis é simplesmente divinal.

domingo, novembro 19, 2006

Coisas

A coisa estava a correr bem. Post diários, com algum interesse até, durante sete dias seguidinhos. A sensação de que estava a falhar, que tinha muitas coisas para dizer e que estavam a ficar para trás, sem que depois esta emmória já cansada apesar da tenra idade se lembrasse, que tinha algumas justificações a dar, como agora, “obrigaram-me” a dar sinais de vida. Mas este ritmo, em que o sinal está demasiadas vezes fechado, levou à quebra, à ruptura do compromisso comigo própria e voltei a falhar.
Guardadas na memória, prestes a passar para aqui, entre outras que entretanto deixaram de fazer sentido, está a história do regresso às aulas, onde passados quase dez anos aprendi qualquer coisa, que afinal as aulas podem ser interessantes e incentivar a pensar pela nossa própria cabeça, a questionar aquilo que nos dão como dado adquirido, numa hora tão fugaz que deixou o sentimento de quero mais. Está também uma história da redenção, já implícita neste post, porque também há que saber dar o braço a torcer. E depois estão todas aquelas coisas mais banais, para muitos, mas que marcam uma vida e uma carreira, como a entrevista de 20 minutos que teima em não sair do gravador, apesar de ter a noção de que dali vai sair uma obra-prima e não me sentir com plena capacidade para me dedicar a ela ou o facto de o fim do mês estar tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe e com ele tanta coisa para resolver, para decidir, para mudar.

Normalmente não uso a palavra “coisa”, não gosto, as coisas têm nomes! Mas hoje não me apeteceu pensar nisso, da mesma maneira que não me apetece pensar que não estou a fazer muito sentido. Há dias assim...

terça-feira, novembro 07, 2006

O comentário que virou post

A propósito do post "As mulheres e os carros" fui presenteada com este comentário que acho que deve aparecer na 1.ª página.
Obrigada JB

Sempre e nunca são palavras grandes demais. E mesmo que não fossem, todas as generalizações são abusivas (inclusive esta que acabei de fazer)...Ou seja, não, nem todos os homens pensam assim.E, já agora, relembro-vos um poema, que provavlemente já leram, mas que vem mesmo a calhar neste contexto:

"Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espias. Espias de Deus, disfarçadas entre nós.
Pare para refletir sobre o sexto-sentido.Alguém duvida de que ele exista?
E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?
E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?
E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não leva. O que acontece? O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!"Leve um sapato extra na mala, querido. Vai que você pisa numa poça..."Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...
O sexto-sentido não faz sentido!
É a comunicação direta com Deus!Assim é muito fácil...
As mulheres são mães!E preparam, literalmente, gente dentro de si.Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?
E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"...
Tudo isso é meio mágico...Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).
As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravazam?
Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...
É choro feminino. É choro de mulher...
Já viram como as mulheres conversam com os olhos?
Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar.Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.Quantos tipos de olhar existem?
Elas conhecem todos...
Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens!E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.
EN-FEI-TI-ÇAM !
E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?Para estudar os homens, é claro!Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...
Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era "um continente obscuro".Quer evidência maior do que essa?Qualquer um que ama se aproxima de Deus.E com as mulheres também é assim.
O amor as leva para perto dEle, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas.É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida.
Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.Mas elas são anjos depois do sexo-amor.É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.E levitam.Algumas até voam.Mas os homens não sabem disso.E nem poderiam.Porque são tomados por um encantamentoque os faz dormir nessa hora."
(Luís Fernando Veríssimo)

segunda-feira, novembro 06, 2006

O Perfume

Não me lembro ao certo o tempo que demorei, mas sei que não foi à 1.ª nem à 2.ª tentativa que o consegui ler de uma vez só. Um erro. Ou então não estava na altura certa para o ler. A verdade é que depois o adorei, mas também tenho uma explicação – que vale o que vale – para as dificuldades que tive. Não gosto de cheiros. Se for a passar em frente a uma perfumaria, mudo para o outro lado da rua. Antes dizia que o meu cheiro preferido era o dos coentros. Até cheguei a fazer velas com flores de coentros espigados a ver se dava resultado, mas a façanha não correu assim lá muito bem. Hoje em dia, que já estou mais crescida, já consigo apreciar alguns cheiros, acender umas velas lá por casa – adoro, sobretudo as de café – e até usar um perfumezito quando estou mais inspirada. Entrar em perfumarias continua a ser um sacrifício.

A foto em cima é do filme que quase garantidamente me vai fazer voltar a entrar numa sala de cinema, volvidos dois anos que estão desde a última vez. É de O Perfume, e deve ser a foto que melhor ilustra – pelo menos para mim – todas as sensações que o livro provoca. Ao ver esta imagem foi como se as palavras se reacendessem na minha mente e o cheiro da banca de peixe onde o Grenouille nasceu entrassem pelo nariz.

domingo, novembro 05, 2006

A nossa vida resumida

apesar de tudo quero acreditar que a nossa vida é muito mais que esta ilustração! Senão, quer-me parecer que não é vida sequer.

sábado, novembro 04, 2006

As mulheres e os carros

Que quando se tira a carta de condução se devia aprender a mudar pneus já ninguém dúvida – se bem que a ideia de ficar parada à espera que chegue um daqueles meninos que agora fazem o anúncio da OK Teleseguro para ajudar também não é má de todo -, agora o que os homens ainda não aprenderam foi a acreditar nas “sensações” femininas.
Parei o carro, saí e disse-lhe que estava a ouvir um barulho estranho, estilo pneu a vazar. Deve ser de estar a chover e do carro estar quente... sim, sim. Foi só sair da loja e chegar ao pé do carro para ver o pneu completamente em baixo. Rasgado de uma ponta à outra. A ajudar à festa só mesmo o facto de o pneu suplente estar vazio e termos de ligar a alguém para nos levar até à bomba de gasolina mais próxima para o enchermos. Help!!!! Vá lá que a chuva não nos brindou com a sua presença.
Meus senhores, que nós não percebemos de mecânica já vocês estão fartinhos de saber, agora, por favor, dêem-nos um pouco de atenção e não achem que o que nós ouvimos são sons vindos de outro planeta.

sexta-feira, novembro 03, 2006

Homem electrocutado por uma catenária

Este é o título de uma notícia que saiu hoje no Jornal de Notícias e, eis que, esta mente brilhante, do alto da sua ignorância, ao ler a frase, faz a seguinte associação: será que uma catenária é uma ave estilo raia que dá choques? Vá-se lá perceber as coisas que me passam pela cabeça…

Do piorzinho que já ouvi

A caminho de casa, enquanto fazia zapping pelos postos de rádio, eis que ouço esta pérola…
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

(…)
Letra e música: Gilberto Gil, Chico Buarque (1973)

Há mais mas não vos quero massacrar com o “afasta de mim esse cálice” repetido até à exaustão, e vendo assim, a letra até pode ser interessante, mas ouvida esta música é má, muito má. Das piorzinhas de sempre. Ou então sou eu que realmente não percebo nada de música!

quinta-feira, novembro 02, 2006

Mais perto do Céu

Os antigos chamavam-lhe Trono dos Deuses. Bruno Carvalho foi um dos poucos homens a estar lá sentado.

Mais uma daquelas histórias que julgamos não ser possíveis de acontecer…

Blogues portugueses a concurso

Já não sei onde, mas vi que há dois blogues portugueses que estão nomeados para uns prémios quaisquer e que ainda por cima podemos dar o nosso contributo na votação, mas sinceramente não retive essa informação. E porquê? Porque segui os links e fui parar a dois blogues nada apelativos. Que me desculpem a sinceridade mas é mesmo assim. Bem sei que o meu também é igual a outros milhentos, mas eu que não tenho jeito para o design tenho de me sujeitar à capacidade artística de outros. Mas, voltando aos blogues em questão, o podComer e o Diário de um Quiosque, como é que alguém ainda lê isto? Mas isto só pode ser uma cena de gaja, sobretudo com muito mau feitio. É que eu, independentemente do conteúdo, por mais absurdo que isto possa parecer, se o layout não for minimamente interessante nem consigo ler. Fico logo com a vista cansada e a querer saltar dali para fora. Que me desculpem os autores destes blogues, cujo mérito ninguém lhes tira, mas por favor: se ganharem o prémio, façam uma reformulaçãozinha, pode ser?

Festival da engorda em Óbidos

O ano passado estreei-me no Festival do Chocolate em Óbidos. Como fui logo no 1.º dia e era de semana, circulava-se à vontade, mas à medida que fui percorrendo as ruelas da vila foi chegando a desilusão com aroma de baunilha e chocolate.
Hoje, vinha no carro, quando ouvi a notícia da edição deste ano, que hoje começa. Para entrar na vila tem de se pagar 3€, se for de semana, e 5€ ao fim-de-semana. O que se calhar a maior parte das pessoas não sabe é que depois de estarmos lá dentro, alguns sítios ainda têm de ser pagos à parte, já para não falar nas filas intermináveis.
Ou seja, para quem não conheça Óbidos é uma boa desculpa para ficar a conhecer – se forem durante a semana para fugir à confusão -, mas para quem conhece, sinceramente – e sem ser a desculpa de se encontrar tudo e mais alguma coisa que a nossa imaginação já conseguiu inventar – é melhor deixar para outra altura. As partes mais interessantes são bastante perceptíveis na TV. Fica a faltar o chocolate, é verdade! Mas nada que um belo Toblerone ou um Milka, comprados num qualquer supermercado, não resolvam ;)

Também podia dizer que o Festival é um espectáculo e que as esculturas em chocolate são mesmo de deixar qualquer um de boca aberta, pela grandiosidade, pela capacidade de apelarem ao nosso lado mais infantil, pelas horas que demoraram a ser produzidas e pela beleza natural, que só dá para apreciar ao vivo, mas hoje estou numa de me queixar do preço...

quarta-feira, novembro 01, 2006

E parece que foi ontem

Há dois anos as unhas estavam imaculadamente pintadas à francesa, hoje estão vermelhas, cor da paixão e do amor que ainda sinto ao fim de tanto tempo. Ao início, toda a gente pergunta como está a ser e nunca menti: não é o mar de rosas que se vê em tantos filmes e talvez seja por isso que nos emocionamos tanto a ver certas histórias de amor, mas é óptimo e continuo a recomendar! Chegar a casa e ter alguém à nossa espera, falar, falar, falar ou ir directo para o sofá quase sem abrir a boca, fazer planos a dois, preparar surpresas para o outro, receber os amigos cá em casa, deixar a cama por fazer sempre que me apetecer, deixar a cozinha para arrumar amanhã, ter de limpar as casas-de-banho, aspirar e limpar o pó, partilhar o dia-a-dia, as angústias, aquele acontecimento mais marcante, jardinar ou tão só passear. É assim a vida a dois. E eu gosto!


Este foi o bolo com que presenteámos os amigos que vieram jantar connosco neste dia tão especial.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Vedetas do próximo anúncio do ice-tea

Mudasti! Mudasti! :P

Será que isto só vem com a idade?

“Cheguei a um ponto em que digo ‘não quero saber de regras’. Tenho 71 anos, não tenho nada a perder. Vou para o desconhecido”.
Wayne Shorter, do Quarteto Wayne Shorter

segunda-feira, outubro 23, 2006

Fim-de-semana cultural

Se uns há em que a parte mais produtiva é ler o Expresso e ver aqueles filmes típicos de domingo à tarde, neste fim-de-semana posso dizer que a minha agenda cultural foi bem preenchida. Cinema e teatro em dois dias é obra!
Sábado à noite: uma versão com legendas brasileiras, quando as havia, daqueles DVD de leve 3 pague 5€ que uma vizinha me emprestou, do Click. Do filme, o que é que posso dizer? Que me fez repensar a minha vidinha… basicamente Adam Sandler é um workaholic que arranja um controlo universal, que até comanda as pessoas e o faz passar a sua vida toda em fwd sem se aperceber do que está a desperdiçar. Mas, como todo o bom filme que se preze – e atenção que vou contar o fim, por isso, se estiverem com ideias de ir ver, não leiam – no fim descobre-se que afinal ele estava a sonhar… Obviamente que o filme é muito mais que isto e aconselho a verem, quanto mais não seja pelo lado divertido da coisa, afinal quem de nós não gostaria de, às vezes, ter um destes comandos para passar à frente as partes mais chatas?
Domingo à noite (enquanto os homens foram ao futebol): As mulheres da minha vida, no Tivoli, com António Fagundes, um dos predilectos de mamãe, em que o resultado final é quase o mesmo do filme de sábado. Trabalho, trabalho, trabalho e a vida ali mesmo ao lado a passar quase sem darmos por ela. Mas esta peça também se recomenda. Não só pelo galã, mas pela história fora do normal, que basicamente fala dum escritor que tem conversas imaginárias com as mulheres da sua vida - a mulher que morreu, a filha (em criança e já na faculdade), a actual mulher (com quem está a atravessar uma crise conjugal) e a analista, conseguindo juntá-las a todas em pensamento. Uma história diferente, mas que também nos faz pensar - quantas e quantas vezes não tivémos já conversas imaginárias que nem sempre arranjamos coragem de ter presencialmente, até um dia...

sábado, outubro 21, 2006

Eu não disse que estava doente?

Tinha aqui no meu e-mail - como já toda a gente deve saber andam sempre em atraso, pelo que vos posso dizer que este era do dia 26 de Setembro - um com algumas frases para se escrever na lápide de acordo com a profissão ou tiques da pessoa e, apesar do assunto ser relativamente sério, a verdade é que devemos saber brincar com as situações.
Assim, vou deixar-vos aqui as minhas preferidas. Se tiverem mais ideias, aceitam-se sugestões!

Funcionário Público
É no túmulo ao lado!


Polícia
Está a olhar para o quê? Circule, circule.


Enólogo
Cadáver envelhecido em caixão de carvalho, aroma formol que denota a presença de microorganismos diversos.


e, para acabar em beleza:
Hipocondríaco
Eu não disse que estava doente?

sexta-feira, outubro 20, 2006

Estrelas desalinhadas

Era um alinhar de estrelas especial, que me daria A oportunidade única de realizar um pequeno sonho, o de assistir a uma aula dada por um mestre, uma pessoa que admiro imenso e com quem aprendi muito. O que ficou por aprender – e ainda havia tanto – a vida tem-se encarregue de me ir abrindo os olhos aos poucos. Mas é mesmo assim e é por isso que temos de aproveitar todos os momentos e fazer realmente como se cada dia fosse o último, quanto mais não seja porque não sabes se amanhã ainda cá vais estar e ficas com a sensação de que podia ter sido diferente…
Mas o alinhar de estrelas não foi perfeito, alguma conjuntura maior provocou um desalinhamento – ou talvez não, talvez não seja porque ainda não tinha de ser – e o sonho não se concretizou.
Fico à espera de novo alinhamento celestial…

terça-feira, outubro 17, 2006

Haja uma boa notícia

Orçamento de Estado beneficia casados

Ainda bem que fui lá assinar um papelinho

segunda-feira, outubro 16, 2006

No que dá inventarem e-mails

Na sequência daqueles e-mails que todos já recebemos de alguém que precisa de sangue, que tem uma doença raríssima ou que desapareceu e que depois se vem a ver que afinal não são reais, tal como a Visão investigou e publicou uma reportagem a alertar para estes falsos e-mails, a semana passada recebi um e-mail que dava conta do desaparecimento de José Luís Lopes de Albuquerque d’Orey. Obviamente, agora sei que estupidamente, apaguei-o logo. Ainda li na diagonal, mas a verdade, tenho de admitir, é que neste tipo de situações não reencaminho para ninguém, apago logo.
Agora sei que a situação é verídica, pelo que deixo aqui o link para uma das muitas notícias que entretanto saíram, tentando assim dar o meu singelo contributo para que se encontre o senhor.

Desaparecido: Família d’Orey apela

domingo, outubro 15, 2006

trovão

do Lat. turbone
s. m.,
estrondo produzido no ar por descarga de electricidade atmosférica;
coisa ou som espantoso.


E estão mesmo aqui por cima...

Que mundo é este?

Um português foi acusado e esteve preso durante 6 anos por abuso sexual da filha menor. Ou foi isso que a filha disse. E para quê? Para impressionar um colega. Já na universidade, escreveu um livro intitulado “J’ai menti” para que o tribunal libertasse o seu pai querido. O que eu pergunto é o que é que leva a alguém a querer prejudicar assim o pai? Eu também fumava às escondidas e a minha mãe apanhou-me e nunca contou ao meu pai. Eu também chumbei por faltas e o meu pai não chegou a saber. Quando devia ter entrado na faculdade, ainda estava a fazer o secundário e o meu pai não soube. Não que as mentiras se possam medir em termos de gravidade. São mentiras, ponto! Mas até onde é que pode ser considerado aceitável que uma filha minta assim em relação ao pai e só para impressionar alguém? E como é que aguenta 6 anos até contar a verdade e depois aproveita para o fazer escrevendo um livro?

Notícia aqui

Ai José Cid, José Cid



Depois de, à semelhança do que deve ter acontecido com Portugal inteiro, ter visto aquelas belas fotos que este senhor tirou tal como veio ao mundo, mas com um disco à frente, que me fez ficar enojada durante mais de uma semana, eis que li uma entrevista que o senhor deu recentemente a uma daquelas revistas cor-de-rosa, em que dizia que devia ter tirado o disco da frente, pois tinha a certeza de que assim os fãs ainda iam aumentar mais. Sinceramente, custa-me a crer que depois daquelas figuras ainda haja alguém que não seja fã...

quarta-feira, outubro 11, 2006

Robin Hood, Robin Hood

Anda uma pessoa perdida, sem saber que rumo dar a sua vida e esta alternativa aqui tão perto:
Universidade Nottingham cria mestrado sobre Robin dos Bosques

Será que ficamos mestres em roubar aos ricos para dar aos pobres? Ou ficamos como a Floribella, rica em sonhos e pobre, pobre em ouro?

Notícia aqui

terça-feira, outubro 10, 2006

My precious

Foi assim que começou a minha incursão no universo de Tolkien, com muito caminho ainda a desbravar. “O Hobbit” vai ser agora transposto para a 7.ª arte e só mesmo um filme deste para me levar a uma sala de cinema.

Lembro-me quando fui ver A Irmandade do Anel, o primeiro da saga, que quando chegou ao fim, me levantei, estavam ainda os créditos a passar, e um senhor atrás de mim me disse para me sentar que o filme ainda não tinha acabado, que não podia acabar assim. Deu-me vontade de lhe responder que se lesse os livros talvez soubesse que naquele dia não ia ficar a saber mais nada sobre a viagem da Irmandade pela Terra Média e das batalhas que viriam a travar a seguir, mas não. Segui o meu caminho e é por comentários como estes que não é de admirar que as pessoas não gostem de O Senhor dos Anéis. Era tão mais fácil se antes de escolherem o filme, sobretudo quando se fala de filmes deste género, se informassem um pouco sobre a história.

Obrigada JB.

Notícia aqui

Sopa da pedra XL

A Calçada de Carriche vai servir de palco à maior sopa da pedra já alguma vez feita em Portugal. Pelo menos a avaliar pela quantidade de batatas e cenouras que estão espalhadas ao longo da subida é o que dá para pensar… e até têm as pedras da Calçada para usar à vontade!

domingo, outubro 08, 2006

Sunday Bloody Sunday by Bush

Como eu gostava de ter tempo para me dedicar a coisas deste género...

sábado, outubro 07, 2006

Home sweet home

Eu, que achava que não era assim, que não ligava, vou de férias uma semaninha, uma mísera semaninha, e dou por mim ansiosa, quase à beira de um ataque de ansiedade. E porquê? Porque achava que não me fazia a miníma diferença estar sem e-mail – afinal o acumulado de correspondência em atraso já ultrapassou as 300 “cartas”, o que por si só é sinal de que supostamente viveria bem sem e-mail – sem me ligar, a saber apenas o que se passa no mundo através dos noticários e desse belo jornal de referência que é o Correio da Manhã, mas não! Tinha saudades de passar por aqui, saber as novidades, saber o que têm feito, o que tem acontecido neste mundo virtual. Desta vez nem me preocupei tanto com a questão do trabalho – se bem que o 2.º browser a abrir foi directo para lá e o 3.º para fazer já algumas alterações, mas tenho de me render às evidências, sou internetodependente! Com este sentimento, quase me atrevo a dizer que este meu canto vai deixar de andar às moscas, mas ainda não sei o que me espera, por isso, mais vale ser prudente e deixar apenas a garantia de que vou continuar a escrever. Aqui ou noutras bandas! ;)

E eis que, ao tentar esvaziar a caixa de correio, encontro o seguinte e-mail, que aqui transcrevo com as devidas alterações. Gostei!

Sabes onde é que estão os amigos fixes, mas mesmo fixes, mesmo mesmo... eh pá fixes?! Aqueles amigos que tu olhas para eles e dizes: "Eh pá!! ... estes amigos são mesmo fixes!"
Sabes onde é que eles estão, esses amigos tão fixes que até chateiam por tão fixes que são, os marotos ?! Sabes onde é que eles estão ?? Sabes? Sabes?! ...
SABES?? ...
Eu sei!...
Estão agarrados ao computador a ler esta mensagem!

domingo, outubro 01, 2006

Inté...

A avaliar pelos últimos tempos, provavelmente ninguém dará pela falta, mas a verdade é que se até aqui o meu canto tem estado em estado vegetativo, consequência de muito trabalho, pouco tempo e menos inspiração, agora vou mesmo para fora cá dentro. Vão ser as primeiras férias a três. Vão ser as primeiras férias a sério em muito tempo. Vão ser férias para recuperar energias. Vão ser férias sem Internet, sem telefones e sem horas para nada.Divirtam-se até ao meu regresso!

quinta-feira, setembro 21, 2006

Regresso a meio gás

Já pareço o meu querido amigo virtual, que volta e meia diz que desta é que é. Eu, ando desde 2.ªf - ‘tá bem que não é muito tempo mas se pensarmos que já vou quase com um mês de atraso, o caso torna-se mais complicado - a dizer o mesmo e até agora nada. A folha dos rascunhos, por assim dizer e porque agora não me arrisco a perder as minhas memórias, tem sido aberta todos os dias e as linhas vão aumentando, mas são parcas e sem nexo, tal é o turbilhão de post que se vão atropelando, já para não falar daqueles que já viraram cadáveres e se acumulam nos cantos mais inóspitos da minha mente.
A falta de tempo já não é desculpa. A falta de inspiração muito menos, mas então porque é que esta casa foi deixada ao abandono? Porque é que agora só escrevo enquanto estou sentada num banco de jardim à espera da hora do próximo compromisso? Tanto se passou nos entretantos e nada foi dito. Provavelmente também não iam interessar, mas são acontecimentos que fazem parte da minha vida e que quando a memória me atraiçoar – apesar de esperar que isso aconteça lá para os 98 anos, se bem que também não sei bem se quero chegar a essa idade – o que já começa a acontecer, vão ficar para sempre perdidos e não vai haver ninguém para se lembrar daquela vez em que… e não, não me vou atrever a dar exemplos. Um dia, talvez um dia – porque sei que ele vai chegar – ganhe novamente coragem ou me esconda atrás de um pseudónimo, quem sabe?, e consiga falar de mim, mas só para aqueles que já me conhecem e identificam à légua a origem, sem a sensação de me sentir quase violada.

Mas que porra de post este para quem há tanto tempo não aparece por estas bandas… foi o possível. E agora, a parte lamechas: obrigada a todos os que não desistiram de passar por aqui.

São 20h25 (eram, na altura em que escrevi isto no bloco que me acompanha quase para todo o lado) – continuo à espera de mais um encontro, mais um e-mail para os contactos, mais um telefone para a agenda e muitas, muitas mais experiências.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Vicissitudes

Vinha a descer a rua, depois de um melancólico dia de trabalho (e ainda agora começou a semana que vai ter, no mínimo, 12 dias), e mesmo antes dos semáforos, que teimam em estar vermelhos à minha passagem, porque sabem que desde que apanhei duas multas de velocidade não passo nos sinais laranja a puxar para o tinto, reparo num carro, em sentido contrário, cuja velocidade era facilmente ultrapassável por uma criança a gatinhar, e nos seus ocupantes. Era o Sousa Veloso. E, de repente, aquela imagem mental do TV Rural e das suas patilhas. Nem a velhice lhe mudou as feições, reconhecíveis à distância. E eis que me vem a memória um programa, provavelmente da BBC ou de outro canal do género, em que mostravam as alterações que o corpo vai sofrendo à medida que envelhecemos e uma das alterações que me recordo melhor era o facto de as orelhas continuarem a crescer. Não me perguntem porquê, mas naquele momento só reparei nas orelhas do senhor e lembrei-me do meu avô, cujas orelhas também continuaram a crescer e que são uma das partes que melhor recordo porque passava a vida a puxá-las. Lembro-me das mãos de toupeira que religiosamente cortava, mas não era uma qualquer, havia ali alguma "ciência", porque as tradições (ou superstições?) têm destas coisas, e que todos nós fomos guardando (eu guardava a minha na carteira e ainda há quem se lembre disso), até que um dia o stock acabou e agora já não há quem apanhe toupeiras...

quinta-feira, agosto 24, 2006

Coitadinho do Plutão

Ao que parece, o Plutão andou a enganar-nos a todos durante anos e anos. Pensava-se que era um planeta, mas afinal, devido às suas dimensões – é mais pequeno que a Lua – e por ser diferente dos demais, vai deixar de pertencer a esta classe. E só me lembro da lengalenga que aprendemos na escola: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urânio, Neptuno e Plutão, que sabíamos de trás para a frente sem nos enganarmos. Reis, rios e afins, nunca fui muito boa a decorar, mas esta é daquelas mnemónicas (será que se pode considerar mnemónica?) que não esqueço.

E por falar nos tempos de escola, lembro-me de aprender uma canção para decorar um verbo em francês, que também adoro!

je suis
tu es
il est
à la classe de français
nous sommes
vous etes
ils sont
attentive à lá leçon


E pronto, foi o momento nostálgico do dia… só espero não me ter enganado no francês ;0)

Notícia do Plutão excêntrico aqui.

quarta-feira, agosto 23, 2006

terça-feira, agosto 22, 2006

23:23

Tenho algum fascínio por certos números e este é um desses casos. Gosto de me deitar e ver que o despertador marca 23:23, gosto de estar sentada no sofá e ver que o descodificador marca 23:23, gosto de chegar a casa e ver que o relógio do carro marca 23:23.
Não sei porquê, mas acho mesmo piada a esta sequência de números!

sexta-feira, agosto 18, 2006

É aqui a secção de perdidos e achados?

Ao passar os olhos pelos jornais nacionais deparo-me com uma notícia que fala do refugo dos CTT, uma espécie de perdidos e achados, onde se pode encontrar desde presuntos (quem é que envia um presunto pelo correio?), vibradores, pneus de camião (esta então ainda me parece mais incrível que a do presunto), pregos, alianças (nada como o amor à distância!), medicamentos, bicicletas até sacos para cadáveres (o quê? – sim, vou só ali assassinar o meu vizinho e não tenho sacos próprios para depois o acondicionar antes de cortar às postas e colocar na arca frigorífica, será que me pode enviar uns?).
Ainda assim, dou por mim a pensar o quão fascinante poderá ser, mas isto também pode ser o meu lado coscuvilheira a falar. Encontrar os objectos mais disparatados, fotografias, cartas e, qual Amélie Poulain (também fazia brincos com as cerejas e também adoro deitar-me numa cama acabada de fazer), tentar descobrir o saudoso dono para lhes fazer chegar os seus pertences.
Lembro-me de, há cerca de 4 anos, a minha mãe ter encontrado uns rolos fotográficos num sítio, daqueles turísticos mas isolados, onde foi. Como não viu ninguém, resolveu trazê-los e revelá-los. Escolhemos algumas fotos e elaborámos um e-mail que iria funcionar quase como spam, numa tentativa vã de encontrar os seus donos. Eu, que já me armei em especialista em máquinas fotográficas e consegui apagar todas as fotos do dia do casamento de um dos nossos primos e melhores amigos, sei o que é ficar sem aquelas fotos para mais tarde recordar, sei a frustração que se sente… e gostava mesmo de andar entre perdidos e achados a vasculhar tudo, a tentar encontrar pistas para chegar aos donos!

Notícia aqui.

Já ou ainda?

Até há bem pouco tempo (e à medida que escrevo isto, acompanha-me a sensação de que já não é novidade, que já o disse, talvez aqui ou não, mas pode ser por ser hoje) a sexta-feira era aquele dia da semana mais especial, O preferido, em que a boa disposição era constante. De outros tempos ainda havia explicação – era quando estava sozinha em casa. Mas até isso são águas passadas e agora não consigo perceber este estado que me invade sempre ao último dia útil para se responder às cartas registadas.
Descubro que ela tem um blog e tremo. Tenho de a avisar! Ou não. Não sei o que fazer e vou para o meu canto com o ar mais despercebido que consigo, enquanto as memórias se reavivam. Pode ser que não seja nada por aí além.
Descubro que não lido bem com pessoas mal criadas e mal agradecidas e os assuntos pendentes começam a fazer mossa nas reacções. Enquanto vou à casa de banho penso que preciso de um cigarro, e eu nem fumo, e dou por mim a pensar que estou a ter atitudes que tão bem identifico nos Gémeos, e eu não sou assim. Estou cansada…

quarta-feira, agosto 16, 2006

Amanhã ele não vai trabalhar

Este gajo, entenda-se, o doidinho mais alucinado que conheço, amanhã não vai trabalhar. Business diz ele e, enquanto diz isso, manda um e-mail para os colegas a avisar que não vai.

Ora vejam e depois digam-me se ele não é louco!
Amanhã não venho

Afinal isto não é uma democracia?

Pela 2.ª vez no mesmo dia, dou por mim a evitar escrever e não gosto nada desta sensação de censura que me acompanha há já uns tempos.

sexta-feira, agosto 11, 2006

Se não for pedir muito

Ao ver uma daquelas apresentações em powerpoint, com fotos que penso que nunca serei capaz de captar, chego a uma com uma rosa preta. Nunca gostei de rosas. Aliás, se há coisa que escusam de me oferecer são flores. Não gosto e as evidências já provaram que não vale a pena tentarem ser mais fortes do que eu, porque as plantas lá em casa morrem todas. E as que não chegam a morrer é porque são entregues ao cuidado de alguém antes disso. As flores são para estar no jardim e não em jarras lá em casa! Mas eis que me surge uma ideia completamente fora do contexto: quando morrer, se na altura ainda houver o hábito de se presentear os mortos com os tradicionais ramos de flores, se alguém se lembrar disso, então que me ofereçam rosas negras. A sua beleza condiz com a vida que quero ter deixado para trás. "Não chores porque acabou, sorri porque aconteceu!"

E agora vou-me embora para um merecido fim-de-semana prolongado. Um grande beijinho!

A minha é maior que a tua!

Há coisas que, por mais estranhas que sejam, não me fazem confusão, mas há outras, supostamente banais, que já me fazem uma confusão dos diabos. Porque raio é que as mulheres quando vão experimentar lingerie levam os respectivos atrás? Consigo perceber que quando se trata de roupa para usar no dia-a-dia, uma opinião a mais dá sempre jeito e saímos sempre de lá mais confiantes e contentes com a escolha. Mas a nível de roupa interior não consigo mesmo perceber… para além de estarem lá eles feitos paspalhos à espera enquanto experimentamos esta e aquela cor, um modelito mais cavado, outro para aqueles dias especiais, …, há outras mulheres – como eu – que não acham piada nenhuma ter lá os senhores sentados a olhar para os provadores na esperança que venha uma rabanada de vento para levantar a cortina. Sim, porque eu sou uma moçoila recatada. Já para não falar no efeito surpresa… cadê? Chega um homem a casa, cansado de mais um dia de trabalho e não há novidade nenhuma… minhas senhoras, sejam auto-suficientes!

título feito a pensar no mito (ou não...) de que quando os homens vão ao WC gostam de comparar tamanhos. as senhoras às vezes, muitas vezes até, também são assim, mas em todas as situações!

quinta-feira, agosto 10, 2006

Conquilhas

Venham elas! À falta disso, também podem ser uns berbigões, uns camarões, uma lagostinha, uma sapateira com o belo do molho para pôr nas tostas ou, tão simplesmente, uma Sopa Rica do Mar que se come em Ribamar e é a mais deliciosa de sempre!

terça-feira, agosto 08, 2006

O n.º 26

Esta manhã passei pela Av. da República. Inevitavelmente, parei mesmo em frente ao n.º 26, de onde tenho tantas recordações. Agora está novamente vazio, o pó acumula-se nas janelas e falta-lhe o brilho com que o via em cada dia que entrava por aquela porta castanha espelhada. A paragem era no 3.º andar (se bem me recordo - eu e mais dois!). Lembro-me da 1.ª vez que ali entrei, da entrevista com o mestre das barbas, do aniversário da Joana comemorado com um bolo de chocolate, em que tentei encostar-me a um canto, na esperança de que ninguém se metesse comigo, das idas à copa, dos almoços na pastelaria que dias antes tinha sido “atacada” por um emigrante, do café da esquina onde comia os melhores folhados, da Versailles onde, uma vez, cometemos a loucura de tomar o pequeno-almoço, das idas ao centro comercial à hora de almoço, das muitas idas ao Mac’Donalds, das muitas idas à Pans, da corrida de cadeiras à hora de almoço (esta não assisti, mas está nos anais da história), dos engravatados que teciam comentários piores que o pior dos trolhas, de apesar das diferenças conseguirmos, uns mais que outros, trabalhar em equipa, de sermos chamados ao mais alto piso para conhecermos o novo administrador, e entrarmos numa sala que parecia saída de um filme, de passear pelos quarteirões vizinhos e parar em frente ao ex-Cappucino e ficar a saber que provavelmente tinha de prosseguir a minha vida noutro local, de encaixotar os bonecos do Happy Meal que decoravam o topo do móvel e onde tantas vezes nos divertimos a fazer as posições mais estranhas com bonecos da Disney. Não me lembro do último dia. Lembro-me de regressar, passados dois meses, às novas instalações, mas não me lembro do último dia ali. Pelo menos, ficaram as boas recordações, o tanto que aprendi e as amizades!

E é nestas alturas que o telefone toca sempre...

quinta-feira, agosto 03, 2006

Jorge de Brito (1928-2006)

Apesar de benfiquista, não me lembro deste senhor enquanto presidente do SLB, daí a curiosidade de saber um pouco mais.

Gostei de ler!
O bancário que se tornou banqueiro

Arrumos

À falta do que fazer e com vontade de mudar alguma coisa, decido ir apagando alguns (a maior parte) blog's que estão religiosamente na pasta n.º1 dos meus Favoritos.
À falta do que fazer e com vontade de mudar alguma coisa, vou espreitando os links dos outrora meus favoritos e renovando a listagem. Preciso de novas leituras, novos formatos, novas caras.
Vamos ver quanto tempo vai demorar até voltar a ter mesma lista.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Gosto tanto, mas tanto...

Se há coisa que me irrita solenemente é receber e-mails de pessoas que não conheço de lado nenhum, mas não estou a falar de spam. Estou a falar de pessoas que apanham o meu e-mail noutros e-mails (aqui também tem culpa quem envia e-mails com os destinatários visíveis) e que, por isso, se julgam no direito de me mandar e-mails sobre assuntos que não interessam nem ao menino Jesus.
A situação já não é inédita. A mais caricata foi a de uma senhora que apanhou os meus dados num site de uma amiga e resolveu entrar em contacto comigo para me oferecer os mesmos serviços que essa minha amiga. O que a senhora não sabia era que eu não precisava dos seus serviços e aquilo era uma brincadeira. Escusado será dizer que essa senhora levou uma resposta à altura do acto que tinha feito. Afinal, já não bastava ir buscar os meus dados à concorrência, como ainda mencionava que era assim que tinha ficado a par do meu suposto interesse por serviços daquele género.
Agora, enquanto nada se passa neste país à espera que o mês de férias se passe, recebi um e-mail de outra senhora que não conheço de lado nenhum e que apanhou o meu e-mail através dum colega de trabalho (calculo eu…), que me dá a conhecer uns novos cursos de musculação e afins.
Obviamente que é assim que se criam as bases de dados, mas faz-me alguma confusão este tipo de pessoas. Obviamente também, esta senhora vai receber uma resposta de volta e, enquanto a escrevo e antes ainda de enviar, penso que gostava que a senhora me respondesse de volta a justificar-se. Estas situações só me fazem lembrar quando vamos na estrada – e nisto acho que somos exímios – e insultamos ou gesticulamos em demasia com alguém que se atravessa à nossa frente ou faz alguma aselhice e depois aceleramos, prego à fundo, na esperança que o outro não nos alcance, porque depois não sabemos o que fazer.

terça-feira, agosto 01, 2006

Gostei de ler

Na casa de Mariete
Pelo título não se vai lá, mas a história é engraçada. A casa da Mariete e do Veríssimo fica nas Berlengas, onde passam 10 meses no ano. A Mariete e o Veríssimo são também os pais do cantor Beto.
Apesar de estar relativamente perto, o enjoo que sinto de estar apenas no cais, aliado ao facto de o meu mais-que-tudo gostar de água, mas só na banheira!, fez com que ainda não fosse a estas ilhas, mas esse dia há-de chegar e são histórias como estas que fazem a vontade aumentar.

O que foi não volta a ser

Achava eu que a nostalgia não era sentimento para mim. Mas, já que me enganei, há que admitir o erro. E, se a ideia já andava a medrar em mim, no domingo, enquanto assistia mais uma vez (já lhes perdi a conta) ao Senhor dos Anéis – A Irmandade do Anel, tive a certeza de que o que foi não volta a ser e tenho pena que assim seja. Não fico a chorar pelos cantos, mas sinto, a cada dia que passa, que aqui não vou ter amigos daqueles que se convida para ir lá a casa jantar, com quem se vai para a praia depois de mais um dia de trabalho, a quem se faz uma visita surpresa no dia do aniversário, com quem se consegue marcar um cafézinho mesmo depois de anos de suposto afastamento. Acho que somos uns seres constantemente insatisfeitos e, por um lado, ainda bem porque assim somos como que obrigados a lutar pelo que queremos mas, às vezes, acho que nos deixamos envolver pela situação e damos pouco valor ao que temos na altura. Pelos anos maravilhosos e onde tanto aprendi, obrigada: João, Joana, Ricardo, Andreia, Rui, Sónia, Inácio, Cátia, Zé, Alice, Pedro e tantos outros!

eu trago um buraco no futuro
traz presentes fugídios
e memórias de navios

traz tanta confiança
que se é sempre criança
mesmo quando não se quer
o que foi não volta a ser
e o que foi não volta a ser
mesmo que muito se queira
e querer muito é poder
e o que foi não volta a ser

pode vir algo melhor
embora sempre pareça
que o pior está por vir

nunca se deve esquecer
que não há volta sem partir
e o que foi não volta a ser

e o que foi não volta a ser
mesmo que muito se queira
e querer muito é poder
e o que foi não volta a ser


Xutos & Pontapés

São uns desgraçados

O DN de hoje tem uma notícia intitulada “Quatro ministros aguentam Agosto inteiro em Lisboa”, que só me faz ter pena dos senhores. Ora vejam lá a chatice que é passar Agosto, ainda por cima inteiro, em Lisboa… Eu adoro, mas adoro, conseguir entrar em Lisboa como se fosse fim-de-semana, não ter de me preocupar com o estacionamento, não haver filas para nada, enfim: ser pobrete mas alegrete! Mas obviamente que se eu ganhasse o mesmo que essas pobres almas que vão ter de ficar em Lisboa para assegurar as funções do Governo durante Agosto inteiro, não tinha de me preocupar com as filas que no resto do ano me fazem chegar atrasada ao trabalho e gastar ainda mais gasolina, nem com o chegar a Setembro e não ter o bronze da praxe e poder passar o mês inteiro a partilhar experiências sobre os locais paradisíacos que visitei.

quinta-feira, julho 27, 2006

Gestão no Reino Animal

Todos os dias, a formiga chegava cedinho à oficina e desatava a trabalhar. Produzia e era feliz.
O gerente, o leão, estranhou que a formiga trabalhasse sem supervisão. Se ela produzia tanto sem supervisão, melhor seria supervisionada? E contratou uma barata, que tinha muita experiência como supervisora e fazia belíssimos relatórios.
A primeira preocupação da barata foi a de estabelecer um horário para entrada e saída da formiga.
De seguida, a barata precisou de uma secretária para a ajudar a preparar os relatórios e contratou uma aranha que além do mais, organizava os arquivos e controlava as ligações telefónicas.
O leão ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com índices de produção e análise de tendências, que eram mostrados em reuniões específicas para o efeito.
Foi então que a barata comprou um computador e uma impressora a laser e admitiu a mosca para gerir o departamento de informática.
A formiga de produtiva e feliz, passou a lamentar-se com todo aquele universo de papéis e reuniões que lhe consumiam o tempo!
O leão concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga operária, trabalhava.
O cargo foi dado a uma cigarra, cuja primeira medida foi comprar uma carpete e uma cadeira ortopédica para o seu gabinete.
A nova gestora, a cigarra, precisou ainda de um computador e de uma assistente (que trouxe do seu anterior emprego) para ajudá-la na preparação de um plano estratégico de optimização do trabalho e no controlo do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se mostrava mais enfadada.
Foi nessa altura que a cigarra, convenceu o gerente, o leão, da necessidade de fazer um estudo climático do ambiente. Ao considerar as disponibilidades, o leão deu-se conta de que a unidade em que a formiga trabalhava já não rendia como antes; e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico e sugerisse soluções.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e fez um extenso relatório, em vários volumes que concluía: "Há muita gente nesta empresa".
Adivinhem quem o leão começou por despedir?
A formiga, claro, porque "andava muito desmotivada e aborrecida".

E agora deves estar a pensar: “Onde raio é que eu já vi este filme?”

Para desanuviar

ou para te irritares ainda mais...

É só clicar!
www.botao.pt.vu/

Nós as mulheres…

Esta manhã, estava eu parada nas intermináveis filas na Calçada de Carriche, quando de dentro de um Twingo azul se estende um braço, como que a dizer obrigada por se atravessar literalmente à minha frente. Tenho dias em que buzino, esbracejo e chamo nomes a quem se atravessa no meu caminho, mas hoje estou serena, por isso, rio e deixo a senhora passar. Sim, era uma senhora, e é em gestos como estes que acho que as mulheres são um ser superior. É que não tens como te revoltar com tal gesto de simpatia e delicadeza e desarmas logo. Cuidado, tenham muito cuidado, porque elas andam aí…

quarta-feira, julho 26, 2006

No comments

Em arrumações virtuais

Um D muito cheio faz-me andar em limpezas a estas horas tardias. O bom deste processo, para além de ficar com espaço para mais tralhas, é que dá sempre para descobrir algumas perólas que se vão mantendo ao longo das limpezas intermináveis.

segunda-feira, julho 24, 2006

Bom dia!

Provavelmente até há quem goste. Eu, pessoalmente, não acho particularmente interessante ser picada para me roubarem o meu precioso sangue. Mas, pior que fazer análises naquelas salas imaculadas, onde toda a gente fala baixinho e se veste de branco, com aquele cheiro característico de hospital, é estar na sala à espera que chegue a nossa vez e ver as outras pessoas entrar e ficar cá fora a ouvir todos os barulhinhos e perguntas da praxe. Nem uma revista perdida em cima de um banco qualquer para tentar enganar a mente, que fica cada vez mais assustada à medida que as credenciais vão desaparecendo. E, como se tudo isto não bastasse, esperar enquanto se ouve as pessoas a desmaiar e as enfermeiras a sair a correr par ir buscar água, é do mais animador que se pode ter para começar o dia da melhor forma!

sábado, julho 22, 2006

Modernices

De tão habituada ao teclado, depois de quase duas horas a escrever como se fazia antigamente, de caneta em punho, quase que fiquei com uma tendinite. Realmente, já nada é como antigamente…

sexta-feira, julho 21, 2006

Sabe bem ouvir

É bom saber que és parte de mim
Assim como és parte das manhãs.
Melhor, melhor é poder gozar
Da paz, da paz que trazes aqui.

"estrela, estrela", na voz de Maria Rita

é bom começar o dia, a tarde, a noite ou outro momento qualquer, com mensagens que nos dizem: "tudo se resolve" ou "tu consegues".

quinta-feira, julho 20, 2006

(título à vontade do freguês)

Realmente os foguetes foram lançados antes do tempo e, agora, nem tempo há para apanhar as canas. Mas quais canas, se o fogo de artifício nem vê-lo? Pois, realmente não há tempo e tudo não passou duma miragem, daquelas em que o calor nos faz ter visões e pensar que estamos a chegar ao oásis. Mas pior que o não ter tempo, é não ter disponibilidade mental. Ou seja, falta de tempo + cansaço + falta de paciência – descanso = muita vontade de me chatear com muito boa gente, com uma boa dose de rabugice!

sexta-feira, julho 14, 2006

Os avisos de recepção-leitura-apagar sem ler dos e-mails

O maravilhoso Outlook dá-nos a possibilidade de enviar e-mails com avisos de recepção e leitura dos mesmos. E se esta ferramenta é maravilhosa para assuntos urgentes, em que tens de ter provas de que as pessoas leram, para posteriormente as poderes usar contra elas caso não te respondam, a verdade é que isto me parece um abuso. Por estas bandas usa-se muito esta opção, até para e-mails em que trocamos anúncios ou pps, excepto eu, lá está… bem, há mais alguns que também não usam, mas poucos. Mas eis que de repente dou por mim a pensar que também devia activar esta funcionalidade. Assim, evitava ter de perguntar: já viste o meu e-mail? e perceber que a pessoa me está a mentir ou ter de apontar notas no calendário do Outlook para ver se as pessoas ligaram alguma aos e-mails que lhes enviei.
Fora este pequeno qui pro quo, acho esta funcionalidade uma invasão da privacidade. Eu leio os e-mails quando me apetece e respondo na mesma medida e a mais não sou obrigada!

quinta-feira, julho 13, 2006

Inédito

Pela primeira vez consegui ser eu a dar-te a conhecer um músico. Josh Rouse para quem quiser experimentar!

quarta-feira, julho 12, 2006

Uma morte diferente

O A., que por enquanto não se sabe quem é, sofre de uma doença terminal e decidiu passar o pouco tempo que lhe falta com mais 12 pessoas, numa residência artística, e participar no Citemor. O A. chama-lhe “reality-show dos afectos, da amizade, da morte” e vai estar disponível no blog http://www.amortedoartista.blogspot.com/ a partir de 1 de Agosto.
No mínimo é original… a mim parece-me um tanto ou quanto constrangedor, mas a ideia de escolher os amigos com quem queremos passar as últimas horas de vida é sugestiva, apesar de não deixar de ser também algo incómoda, pela situação em que colocamos esses amigos. Enfim, isto dava pano para mangas, mas como prefiro que a morte me bata à porta sem tocar à campainha, vamos mudar de assunto!
Notícia aqui.

terça-feira, julho 11, 2006

Mas porquê?

Porque é que se constroem castelos na areia, sabendo que mais cedo ou mais tarde acabam por se desmoronar? Porque é que se constrói uma vida assente num pressuposto, que mais cedo ou mais tarde deixa de fazer sentido? Porque é que nos agarramos à secreta esperança de que a nós não nos acontece nada e, mais cedo ou mais tarde, as coisas acabam por vir bater à nossa porta? Porque é que não conseguimos ser realistas e acreditar que não somos seres perfeitos e que, por isso, também podemos ser alvo de algumas agressões de onde menos se espera? Porque é que andamos uma vida a enganar-nos a nós e aos outros e não nos apercebemos que o mais importante é a nossa felicidade e que isso está ao alcance de qualquer um?

Quê?

Acabei de usar a expressão «Estou chata como a potassa» e, entretanto, como não sabia escrever potassa (escrevi potaça), nem tão pouco o seu significado, fui ao magnífico Priberam ver e eis que obtenho uma resposta bastante clarificadora:
do Al. Pottasche, cinza de panela
s. f.,
nome que no comércio se dá a todas as variedades de carbonatos de potássio impuros;
óxido de potássio.
- cáustica: hidróxido de potássio.

Será então que posso alterar a expressão para «estou chata como a cinza de panela que a minha mãe deixou ao lume e se queimou»? Help!!! Anda tudo louco (incluindo eu que faço estes comentários absurdos!?) .

As conversas são como as cerejas

Costuma dizer-se que as conversas são como as cerejas. Não sei bem porquê, provavelmente será porque, às vezes, quando se puxa uma vêm mais umas quantas atrás. Bem, seja como for, deixem-me que vos diga: as melhores cerejas são as do Fundão e as melhores amigas também!

Seja como for, nos últimos dias as conversas têm realmente sido como as cerejas, mas num rol das más, daquelas que não queremos saber e até agradecemos que nos passem ao lado. Eu, pelo menos, prefiro assim.

Queria escrever-te, ligar, dizer mais qualquer que desse um outro alento, mas sei que não é isso que precisas. Queria dizer-te tanto, mas connosco não é assim. Mesmo a km de distância, dias sem falarmos, tudo acaba por ser dito, nem que seja em pensamento e isso é quanto basta. Não adianta forçar, já sabemos desta e de outras vidas. Não adianta pensar que as coisas se resolvem por si mesmas, temos de ser nós a dar um toquezinho para que avancem. E não adianta continuar com situações que sabemos que não nos levam a porto seguro. Por enquanto tens construído os teus castelos na areia, mas gabo-te a coragem e a força que, apesar de às vezes parecer que tem as capacidades do Homem Invisível, tens conseguido manter. Os tombos já podem ter deixado as suas nódoas negras, mas há uma coisa que sempre se manteve inalterada: continuas a ser tu própria e é por isso, e não por seres boa até mais não, de fazer parar o trânsito e de eu me divertir imenso a contar quantas pessoas ficavam a olhar embasbacadas para ti quando passávamos, que te adoro tanto.

Este não é o primeiro dia do resto das nossas vidas, mas é mais um que vai ficar para a história. Boa ou má, não interessa, porque só caindo se aprende a andar!

sexta-feira, julho 07, 2006

E porque nunca é demais dizê-lo

Adoro-te, Andreia!

Funcionários da Coca-Cola apanhados a roubar informação e vendê-la à Pepsi

Por estas e por outras é que a Coca-Cola nunca revelou o segredo do seu sucesso!

Notícia aqui.

É este o país que temos – parte II

Houve um desgraçado, que é mesmo assim e não tem outro nome, que recebeu em casa três multas para pagar. Podíamos pensar que o rapaz é um acelera, que não tem cuidado ou que não aprende com os erros, mas não! É que as 3 multas são do mesmo dia, têm a mesma hora, mas são de sítios diferentes.

Notícia aqui.

É este o país que temos

O nosso Governo alugou um avião russo para ajudar a combater fogos. Até aqui tudo bem. Mas, ontem, enquanto estavam a fazer testes, um dos motores avariou-se e o piloto teve de libertar o combustível, provocando vários fogos florestais… Não era o contrário que se pretendia?

Notícia aqui.

Recordes para todos os gostos

Ontem realizou-se a conferência de imprensa do Salão Erótico que se vai realizar na FIL. Até aqui nada de novo. Mas para esta 2.ª edição há umas quantas novidades, entre elas a de uma espanhola que vai tentar bater o seu recorde pessoal de enfiar correntes na vagina. Ah pois é! Até agora já conseguiu introduzir (palavra mai linda) 35 metros de correntes, mas vai tentar chegar aos 40! Acho que audiência não lhe vai faltar…

quinta-feira, julho 06, 2006

Essa nova forma de poluição

Já não é de agora, mas à velocidade que este fenómeno está a evoluir, acho que está na altura de alguém se indignar (se bem que não me pareça que alguém vá ligar a este meu comentário).
Os primeiros que vi eram de alguém que oferecia os seus serviços na área da adivinhação/cartomância/bruxaria. Daí até aos de empregadas domésticas a empresas que passam a ferro e fazem comida para fora, foi um instante. Mas hoje, mal começo a descer as escadas que vão dar ao estacionamento, vejo que os carros têm todos na porta do condutor um papel rosa choque. É a nova forma de publicidade da Clix, que assim aproveitou a ideia de prendir papelinhos na porta, na esperança que as pessoas leiam. Só que se esqueceram do pequeno pormenor de que nós portugueses ainda mandamos pastilhas e papéis para o chão, ainda não nos vergamos para apanhar o cócó que o cão fez no chão e, por isso, obviamente que há muita gente que abre a porta e quando o bendito papel não voa para o chão, fazem o favor de o atirar. Tenho pena de não ter tirado hoje uma fotografia e amanhã tirar outra para ver a quantidade de papéis que ficou no chão.
Mas ainda há outra diferença. É que enquanto os outros papelinhos são feitos por particulares ou empresas com menos dinheiro e, por isso, utilizam um papel ranhoso, a Clix, como grande empresa que é, orgulha-se em fazer papéis em tamanho gigante (se virmos em proporção) e duma gramagem bem superior.
Por isso, vamo-nos unir e ajudar o comercial da Clix que andou a colocar religiosamente os papelinhos em todos os carros a vender o seu ADSL de 20 Mb, telefonando para o n.º com que fez questão de carimbar os ditos papelinhos. Ou seja, para mais informações, é só contactar o Gonçalo Guilherme, através do 91 212 05 42, e ver se todos juntos conseguimos que ele venda muito e mude de profissão!

Portugal vs França

Como já disse antes, não sou muito dada às lides futebolísticas, mas fui parar a este blog e adorei a análise!

Portugal é muito melhor que a França e se não acreditam podem ir levar no real traseiro

“A cavalo dado não se olha o dente”

Estava à conversa com ele, quando o génio se lembrou de fazer um blog (mais um! E amanhã provavelmente já nasce mais outro) sobre a origem dos provérbios. Cliente deste o 1.º minuto, lá fiquei cheia de inveja e ontem à noite, ao comer um magnífico Danone, daqueles que trazem provérbios na “tampa”, pensei em como é que lhe havia de estragar o negócio e, vai daí, nasceu esta bela explicação para o provérbio: A cavalo dado não se olha o dente (apesar de nem ter sido esse o provérbio que vinha na embalagem).

O Dado era um homem muito feio, com uma verruga na testa, umas orelhas muito grandes e peludas, e com os dentes mais tortos e podres que alguém já tinha visto e, por isso, nunca saía de casa porque os habitantes da aldeia gozavam muito com ele. Mesmo em miúdo já era muito feinho e a sua mãe começou a dar-lhe as aulas em casa, para que não tivesse de enfrentar as outras crianças. No entanto, os homens da aldeia foram morrendo e as mulheres começaram a entrar em desespero, mas lembraram-se do Dado, o último homem da aldeia. E vai daí nasceu o ditado: a cavalo no Dado não se olha para os dentes!

Quem passa a vida a reter lágrimas acaba por se afogar nelas

"Quem passa a vida a reter lágrimas acaba por se afogar nelas. Não vale a pena tentar enterrar os nossos sentimentos. Temos de aceitá-los e deixar que eles se expressem da forma mais adequada. "

quarta-feira, julho 05, 2006

Taça Nostra

Eu até andava controladinha, a não querer falar do Mundial, mas esta caricatura...

que assim seja!

Clorofórmio

de cloro + form, abrev. de fórmico
s. m.,
substância líquida, incolor e aromática, que possui propriedades fortemente anestésicas.


E eu que levei 3 seringadas disto e depois resolvi queixar-me com ardor na garganta, dizendo à médica, do alto da minha ingenuidade, que parecia que tinha comido um pacote de rebuçados de mentol e ela me disse que esta substância era um bocadinho forte e até era usada para anestesiar frangos.

terça-feira, julho 04, 2006

O que vai ser das crianças que viam o Buéréré?

Não tenho palavras... (é raro, mas acontece)
vejam a parte de fotos no site da Ana Malhoa e vejam se encontram alguma semelhança com aquela moçoila que andou a ensinar o aeiou às criancinhas. Eu, por momentos, pensei que tinha ido dar a um site erótico.
E esta música... mas enfim, ele há gostos para tudo!

Sex Bomb



Joana, este é para ti! E para todos os que gostarem de patinagem. Ao que parece o senhor ganhou uma medalha de ouro à conta desta ousadia, por isso, é caso para dizer: quem não arrisca não petisca!

Urgências

Procuro a hora da tua chegada, mas todos os voos dizem «delay».
A vida é maravilhosa quando não se tem medo, Chaplin.
O Pai Natal dá na coca.
O tempo é como é, não se deixa enganar, é preciso comprá-lo.
Tanto tempo perdido a fazer coisas sem importância e agora não tenho tempo para chegar ao hospital.


Absurdo? Não, nem por isso. São apenas algumas frases tiradas de peças que fazem parte de “Urgências 2006”, que tem como mote a pergunta “O que é que tens de urgente para me dizer?” e que estreia no Teatro Maria Matos agora no dia 6 e vai lá estar até ao fim do mês. Eu gostei, emocionei-me e saí com a sensação de que ainda tinha tanto para dizer, a tantas pessoas que gosto e que fazem com que os meus dias sejam melhores. Os olhos foram os primeiros a dar parte fraca e só me apetecia agarrar no telemóvel e ligar a toda a gente, nem que fosse para dizer “Olá, lembrei-me de ti”, porque realmente não sou a mais carinhosa das pessoas e estas são as formas que arranjo para tentar demonstrar que não me esqueço de quem é importante para mim. Antes escrevia cartas e postais enormes ao meu mais-que-tudo, até um dia em que como não recebia de troca não escrevi mais, apesar de saber que ele se expressa de outra maneira e, por isso, não lhe posso exigir que seja como eu, porque também não gosto que me exijam o que não sou. Mas, mais uma vez, e como acontece na peça, perdemos muito tempo com coisas sem importância, e as palavras que tinha de urgente para dizer ainda continuam em mim. Seja como for, e porque acho realmente que cada dia deve ser vivido como se fosse o último, espero conseguir a cada dia que passa dar mais um passo na minha evolução pessoal e passar para palavras o que me vai cá dentro. Até lá ficam os gestos e a pergunta: “E tu, o que é que tens de urgente para me dizer?”

segunda-feira, julho 03, 2006

quinta-feira, junho 29, 2006

Andando e cagando, para não fazer monte!

Li esta expressão num blog e adorei!

Computador reconhece estado de espírito do utilizador

Se assim é, então diz-me lá como é que estão as coisas por aqui hoje…
Notícia aqui.

terça-feira, junho 27, 2006

Grrrrrrrrrrr… ou inspirar, expirar...

Agora já passou, e a cada dia que passa mais me convenço que é preciso ter calma, manter a cabeça fria e não reagir na hora. Cá em casa tenho uma pessoa que gosta muito do lema: “o calado vence sempre”. Eu não partilho da sua opinião, e alturas houve em que este lema só serviu para arranjar confusão, mas cada vez mais acredito, e tento seguir esta minha regra, que há alturas em que só se ganha se nos mantivermos calados. Há sensivelmente 2 horas atrás comecei a escrever algumas linhas cheias de inquietação, nervosismo e muita irritação. Obviamente que as palavras, que se resumiam a uma breve frase a dizer que não suporto homens lamechas, eram dirigidas a alguém que estava muito próximo de mim, com quem partilho um espaço diário, com quem almoço, lancho e, às vezes, até janto. Mas ditas em voz alta iam soar muito mal, terrivelmente mal, e transportas para onde quer que seja na altura exacta em que os sentimentos estão à flor da pele, também iam soar mal e é por isso que cada vez mais acho que devemos moderar as nossas reacções, as nossas “respostas tortas”. Respirar fundo, ouvir a música em altos berros para não ouvir nada do que se passa ali mesmo ao lado, ir à rua apanhar ar, podem não ser as melhores soluções, mas pior que tudo o resto é virar costas e deixar a pessoa a falar sozinha ou responder alguma coisa de que mais tarde nos podemos vir a arrepender. Eu acho que já aprendi uma grande lição, como o Rui Veloso na sua canção, mas há dias em que é tão difícil...

Filosofando

Acabei de ver um daqueles powerpoints manhosos, com umas imagens distorcidas, mas ainda assim com umas filosofias engraçadas, das quais destaco a seguinte:
“Celulite não é defeito, os furinhos querem dizer «eu sou boa» em Braille”

Quanto valem os ditados populares?

Ontem à noite, naquele programa que a RTP passa diariamente sobre o Mundial, deu uma reportagem sobre as vitórias de Scolari como seleccionador frente à Inglaterra. Uma vitória em 2002, como seleccionador do Brasil, e há dois anos como seleccionador de Portugal, pelo que o toque final da reportagem foi: «não há duas sem três»! Que seja assim realmente, mas será que não se pode aplicar um outro ditado a favor da Inglaterra que diz: «à terceira é de vez»? É que quase todos os ditados populares têm o seu reverso, por isso, em que é que ficamos? É esperar para ver…

sábado, junho 24, 2006

Rap dos matarruanos



Quando os Gato Fedorento apareceram fiquei logo fã, havia uns sketches que adorava (o meu preferido é o do Kunami, sabem qual é?) e outros a que achava piada. Mas, nesta nova série fiquei um pouco desiludida... não vi todos os episódios, nem nada que se parecesse, mas os que vi também não me suscitaram interesse para fazer um esforço adicional para ver os restantes. Por isso, não foi com espanto que, ao ver na semana passada o último episódio, quando já estava a passar o genérico, ouvi o Ricardo Araújo Pereira a dizer que a próxima série será certamente melhor, com o que só posso concordar.

De qualquer forma, vi agora este vídeo que até achei engraçado e resolvi partilhar. Divirtam-se!

quinta-feira, junho 22, 2006

A paciência tem limites?!

Estou novamente a entrar naquela fase em que não tolero faltas de educação, o não respeitar o espaço dos outros, a falta de sentido de responsabilidade, o encostar à sombra da bananeira na esperança de que não caia nenhuma para não ter de se mexer… estou efectivamente cansada, e apesar de detestar ouvir isto constantemente da boca das outras pessoas, tenho de me render às evidências. A minha sanidade mental está em causa, a minha saúde começa a ressentir-se e aquele vigor que sempre achei que era inesgotável, está a começar a sumir-se, como os raios de Sol que teimam em não aparecer no Inverno.
A verdade, verdadinha, é que crio certas barreiras em relação às pessoas e apesar de estar bem mais sociável do que há uns tempos atrás, há alturas em que não suporto quando não me deixam falar, quando não ouvem as pessoas e quando se julgam donos e senhores de todo o mundo e arredores.
Mas já aprendi, assim o espero, que há batalhas que não se devem comprar. Por isso, respirar fundo, meter os phones nos ouvidos e não fazer a mínima ideia do que se passa à volta ou ir à rua apanhar ar, parecem-me uma boa solução para alturas destas.

Algo se passa

Eu, que orgulhosamente guardo numa vitrina a faixa de Miss Pontualidade, pelo 2.º dia consecutivo, chego atrasada… não são atrasos significativos, mas é estranho, muito estranho! Ou então, sinal de que o cansaço acumulado já está a fazer das suas. É esperar para ver no que isto vai dar.

quarta-feira, junho 21, 2006

Há que saber separar as águas

Há muito, muito tempo atrás… bem, não foi assim há tanto tempo quanto isso comparando com aquelas velhotas que faziam os anúncios do Continente a dizer: «eu ainda sou do tempo em que…», mas o que interessa é que, estava eu no início da minha promissora carreira profissional, quando surgiu a possibilidade de trabalhar com uma das minhas melhores amigas. Maravilha, não é? Mas, não foi bem assim. Sem que ninguém percebesse muito bem o porquê daquela distribuição, o nosso chefe decidiu colocar-nos em equipas separadas. Algum tempo mais tarde, fez o favor de explicar o porquê e posso dizer que acho que faz todo o sentido. Se já somos amigas porquê trabalhar juntas? Continuamos a ver-nos todos os dias e a nossa amizade não sai lesada. Mas se ficássemos na mesma equipa, a probabilidade de um dia haver chatices no trabalho e isso afectar a amizade era mais que muita. Ou seja, se conseguirem não trabalhem directamente com amigos! Parece interessante, mas acreditem, por experiência própria, que podem haver situações complicadas de gerir, sobretudo se houver diferença entre os cargos.

Essa ciência que é a numerologia

Aproveitando que a Selecção está a jogar e que Portugal inteiro parou, e por isso a Internet voa, resolvi pôr os e-mails em dia e tentar ver os mais de 150 que tinha na minha caixa pessoal (já só me faltam 131).
E eis que recebo um de numerologia que me pede para pôr o nome completo, a data de nascimento e o sexo, de onde obtenho a bela informação:
Você é uma pessoa firme, determinada e, por vezes, até obstinada. Não gosta de mudar seu pensamento nem seus métodos. Suas aptidões te levam para o terreno das coisas práticas, no qual você é uma pessoa batalhadora, sistemática, leal e conscienciosa. Você diz sempre a verdade, mesmo quando a ela não é agradável e, por isso, às vezes arranja inimigos. Você é uma pessoa emotiva, mas está sempre se controlando, e os outros, não percebendo isto, não retribuem seus sentimentos de amizade. Vai sempre até o fim. Assim, qualquer trabalho que exija atenção, disciplina e resistência se adaptam perfeitamente a você. Sua realização provavelmente está no mundo dos negócios.

Gostei!

quarta-feira, junho 14, 2006

Já dizia o Abrunhosa

É preciso ter calma
Não dar o corpo pela alma

terça-feira, junho 13, 2006

De cara lavada

Já não aguentava não ter ali ao lado a listinha dos blog's que mais gosto e que me fazem companhia quando sou invadida pelo espírito da preguiça, mas como com o outro formato de blog não os conseguia lá pôr, decidi mudar... espero que gostem. Eu sei que assim me vou sentir melhor por vos ter sempre ali!

Um feriado com sabor a férias

Não me lembro do último feriado, do último dia de férias, do último sábado que me tenha deitado na véspera sem a preocupação de ouvir o despertador, de ter horas para chegar a algum lado, de ter coisas combinadas e de poder acordar espontaneamente, quando o corpo já está cansado, mas de estar deitado. E hoje foi isso que aconteceu! E soube tão bem... Os horários não se alteram muito, mas só o facto de não ter de me preocupar com compromissos, de poder estar à minha vontade, virar-me mais 5 minutos para o outro lado para não ver que o Sol já espreita pela janela, fazer ronha enquanto o rádio toca, sabe tão bem... e, sobretudo, deixa-me bem disposta.
Eram 9h35, já tinha ido à mercearia e já ia a caminho do café e da papelaria e sabe tão bem andar por estas ruas que me viram crescer e ver pessoas alegres e bem dispostas pela manhã, a quem um simples Bom Dia! serve de alento para mais um dia igual a tantos outros. E é por isso que não troco esta minha terrinha onde Judas descansou depois de ter perdido as botas por nada! Foi aqui que nasci, que cresci, que me casei e onde vivo e, apesar de tudo, gosto de ir na rua e conhecer as pessoas, poder estar um bocadinho à conversa com cada uma, andar por onde quer que seja e sentir-me segura.
Um bom dia para todos!

sexta-feira, junho 09, 2006

A anedota do dia

“Eu nunca critiquei os jornalistas”
Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, num programa da RTP em directo da Alemanha

Desculpem lá, mas isto é anedótico! Sobretudo depois de, na última vez em que me cruzei com este sr., numa iniciativa pública, para além de ter deixado o presidente da Câmara Municipal de Lisboa mais de meia-hora à sua espera, o que já de si ilustra um pouco o que se pode esperar de si, ter usado do seu tempo de antena para criticar os jornalistas que teceram comentários ao facto da Selecção ter treinado no Alentejo e ter considerado isso uma ofença para os alentejanos. E agora, aparece na TV a dizer que nunca criticou os jornalistas... enfim, ou este sr. tem graves problemas de memória ou então a temperatura a que teve sujeito quando foi pintar o cabelo provocaram-lhe algumas lesões.

O Meu Odioso e Inacreditável Noivo

Ontem à noite, estava eu muito bem refastelada no meu sofá a assistir à Revolta dos Pastéis de Nata e eis que me ocorre esta excelente ideia que passo a partilhar. Não acham que o apresentador da Revolta, o Luís Filipe Borges, dava bem para fazer o próximo Odioso e Inacreditável Noivo? Não são parecidos, eles?
Estava a tentar encontrar algumas fotos que dessem para comparar, mas estas são as melhores que consegui arranjar.

quinta-feira, junho 08, 2006

Já que estamos a falar de humor

Ora cá está uma anedota que, apesar de não ter assim grande piada, é daquelas que não me canso de ouvir/ler, porque não sei bem porquê acho graça e também não me canso de a usar em várias situações.

Um casal recém-casado vai viver para a sua nova casa e o rapaz diz:
Se queres viver comigo as minhas regras são estas:
Às 2as à noite vou tomar café com os meus amigos;
Às 3as vou ao Bairro Alto;
Às 4as vou ao cinema com o pessoal;
Às 5as, 6as e sábados vou tomar um copo com os meus amigos;
Aos domingos deito-me cedo porque preciso de descansar. Se queres, queres, se
Não queres, quisesses.
Ao que a rapariga responde:
Para mim só existe uma regra: cá em casa todas as noites há sexo; Quem está, está... Quem não está, estivesse...

A par desta, só mesmo a da “fumiga” nos dias dos nossos jantares ;)

Palavras para quê?

Palavras para quê é o novo programa do Aldo Lima. Já tinha visto um bocadinho no dia da estreia e hoje voltei a ver outro bocadinho. E é mesmo caso para dizer: “palavras para quê”?, pois não há palavras para descrever aqueles sketches ou aquelas supostas piadas. Certamente que haverá alguém a rebolar de tanto rir, mas confesso que não consigo achar piada ao programa. Enfim, deve ser daqueles programas de humor inteligente que, definitivamente, não foram criados a pensar em público como eu.

segunda-feira, junho 05, 2006

Ó pra mim tão religiosa

Há muitos, muitos anos, nos tempos em que não percebia nada de matemática (como se agora percebesse) e em que tinha tempo para bordar (sim, porque eu era uma menina prendada), o meu querido explicador pediu-me para lhe bordar um salmo em ponto de cruz.
O ano passado, fui a um casamento de uns primos muito especiais, que me pediram para fazer uma das leituras da cerimónia. Mas houve umas confusões e as leituras que eles tinham escolhido ninguém se lembrava quais eram. Conclusão: fomos falar com o padre, que nos disse quais eram as alternativas, e eu resolvi escolher o mesmo salmo, que já fazia parte da minha vida e que assim passei para eles.
E agora, há uns dias, recebi o mesmo salmo por e-mail, numa daquelas mensagens em que supostamente pedes um desejo e mandas o e-mail para não sei quantos amigos e o teu desejo se realiza. Como eu acho que nós precisamos de fazer algo mais do que mandar e-mails para que os nossos desejos se realizem, guardei o e-mail na caixa de correio para mais tarde recordar, mas acho que vale a pena colocá-lo aqui. Quanto mais não seja, porque eu gosto.
E reza mais ou menos assim:
“O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome. Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo. Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos. Derramais o perfume sobre minha cabeça, e transborda minha taça. A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias.”

quarta-feira, maio 31, 2006

segunda-feira, maio 22, 2006

Incrível!

Acabei de ler uma notícia no Jornal de Notícias que fala sobre “bullying”. Como não sei o que é, resolvo ver e ficar a saber que:
“"bullying" (…) consiste, segundo Alexandre Ventura, do departamento de Ciências da Educação da Universidade de Aveiro, "na violência física e/ou psicológica consciente e intencional exercida por um indivíduo ou um grupo sobre outro indivíduo, ou grupo, incapaz de se defender e que, em consequência de tal agressão, fica intimidado, podendo ver afectadas as respectivas segurança, auto-estima e personalidade”.

Notícia aqui.

Corrida Lisboa - A mulher e a vida

No próximo domingo, dia 28, vai-se realizar uma corrida de 5 km, junto ao Tejo, entre Alcântara e Belém, que tem como objectivo angariar fundos para a aquisição de aparelhos de rastreio do cancro da mama.
Eu vou lá estar e vocês?

Corrida Lisboa - A mulher e a vida

sábado, maio 20, 2006

Pretty Woman

Ontem, a caminho de casa, e a querer fugir à habitual confusão de sexta-feira ao fim do dia, resolvi vir por um caminho alternativo que normalmente escolho dependendo das horas a que saio. Faço alguns km a mais, mais curvas, passo por dentro de localidades, mas, regra geral, é uma boa opção. Entre estas curvas e uma localidade e outra, chama-me a atenção uma senhora à beira da estrada, àquela hora muito movimentada. Não me lembro de ver ali pessoas noutras alturas. Em frente estão umas bombas de gasolina e a seguir é uma zona empresarial. Não sei porquê, mas ocorre-me à ideia de que a senhora deve ser uma prostituta. Penso nas situações extremas que levam as pessoas a escolher, se é que existe uma escolha possível, os caminhos mais tortuosos para conseguirem viver, ou sobreviver, assim. Penso que algumas há que devem ter prazer naquilo que fazem, mas deve ser uma percentagem mínima e não me parece que essas andem pelas bermas. Tento olhar para a sua cara, perscrutar algo no olhar, mas parece-me que mesmo não vendo, o sofrimento está presente em cada passo que dá, mas que disfarça com um abanar de anca e um sorriso discreto que faz cada vez que olha para mais um carro que passa. Definitavemente, esta não deve ser uma vida de sonho e dar o primeiro passo para sair da cama a cada raiar do dia deve ser um acto de verdadeira coragem. Continua-me a fazer confusão porque é alguém escolhe por este caminho, mas já diz o ditado “quem está dentro do convento é que sabe o que vai lá dentro” e quero acreditar que, às vezes, não há mesmo alternativa.

sexta-feira, maio 19, 2006

quinta-feira, maio 18, 2006

A loja dos ciganos

Eu que sou fã de t-shirts com mensagens, descobri este sítio genial: A Loja dos Ciganos


Para os mais pitosgas, a t-shirt diz: "só ando nisto pelo estacionamento".

Renault Velsatis

Vinha eu a caminho de casa, novamente..., quando reparei no nome do carro à minha frente. “Velsatis”! E eu, este génio da publicidade, penso: mas que raio de nome é este? E depois chego à brilhante conclusão: provavelmente, e como com a quantidade de carros, marcas e modelos, diferentes que há, já deve ser difícil encontrar um nome engraçado e original para os carros, devem ter dado ouvidos a alguém que tem um problema de fala que não diz os r’s, como na música dos Fúria do Açúcar que cantavam “eu sou o rei dos matraquilhos” mas o que se ouvia era ligeiramente diferente, ou então foi algum chinês daqueles que costuma perguntar “quel clepe?”.

Mas que nervos!

Está a dar na TV a corrida inaugural da renovada Praça do Campo Pequeno. Até aqui nada de mais e os aficionados que já não arranjaram bilhetes ou que não podem ir até agradecem. Eu, para quem não saiba, não gosto de cavalos. A maior parte das pessoas não gosta de cobras, lagartos e outros seres rastejantes. Eu não gosto de cavalos! Não consigo achar piada ao seu porte elegante, ao seu olhar meigo ou a outros termos que se usam quando se fala nestes animais. Mas, ainda assim, faz-me muita confusão ver os desgraçados dos cavalos com alguém em cima a fazer a peso, como é o caso do João Moura que - peço desculpa aos fãs do senhor – me parece que, para além de estar com uns quilinhos a mais (como eu...), já não tem a destreza de outros tempos. Ou seja, o cavalo já levou uma cornada, ainda que de raspão, no belo traseiro. Eu que não percebo nada do assunto acho que não havia necessidade, mas para os experts estas são as melhores lides. O touro, coitado, anda ali a esfalfar-se de um lado para o outro, a mostrar as suas qualidades de garanhão para, como recompensa, ganhar uns quantos espetos daqueles que se usam para fazer espetadas, mas em tamanho gigante, espetados no lombo. Conclusão, não consigo estar na cadeira, fico agitada, irritada e a gritar para a TV, por isso, levanto-me e venho para a net, onde as cornadas não fazem mossa física.

É por estas e por outras que depois o Vaticano diz que é pecado andar na Internet…

Vício da Internet destrói casamentos

Jante Integral

Se visses este nome, “Jante Integral”, pensavas que se tratava de que tipo de negócio? Aceitam-se sugestões!

quarta-feira, maio 17, 2006

Insólito na auto-estrada

Vinha eu a caminho de casa, numa velocidade que quase faz com que o meu pobre carrito se desfaça em peças (mas hoje havia motivo: estava atrasada para o ginásio e como fazer exercício físico é bom para a saúde tenho uma desculpa plausível), quando me apercebo do carro da Brigada de Trânsito no meu encalce. Um truque que aprendi com a classe masculina: não meter pé ao travão, abrandar só! Os meus olhos fixaram-se logo na velocidade. Menos mal, não passava muito dos 120, mas eles estavam a tentar passar-me e eu já estava a ver aquelas luzes azuis começarem a piscar e fazerem-me sinal para encostar. Pensei: é hoje que me vou estrear nas multas de excesso de velocidade. Mas não, ou pelo menos espero não vir a receber nenhuma carta daqui a uns tempos. Os senhores queriam brincadeira! Exactamente. Meteram-se ao meu lado, olharam para mim, mas gaja que é gaja tem de ser desenrascada e manter o ar de que não é nada com ela. Por isso, retribui o olhar e deixei-os ir à sua vidinha, esperando que não me achassem muita piada e continuassem. Mas não, como já disse, os senhores queriam mesmo brincadeira. E como eu às vezes até gosto deste tipo de amizades que se fazem nas viagens de carro, resolvi colar-me a eles e, na primeira oportunidade, sem passar muito dos 120, ultrapassá-los. E foi ver-me toda contente com o feito. Obviamente, desta vez olhei eu para eles e continuei a minha vidinha. Eles voltaram a pôr-se ao meu lado, mas depois os nossos caminhos separaram-se e eles foram para a estação de serviço. Só espero que não tenham ido passar a multa à engraçadinha que se estava a meter com eles...

No mínimo, original

Ora cá está um belo presente ou uma bela aquisição para se ter lá em casa: um despertador em forma de granada, em que podes puxar a cavilha, atirá-la para dentro do quarto de alguém mais dorminhoco e fugir a sete pés, enquanto o outro tenta perceber o que lhe aconteceu… só tem é um pequeno pormenor, é que este despertador só pára de tocar quando se volta a pôr a cavilha, o que me parece que vai fazer com que muitos sejam destruídos antes de tempo.
A notícia aqui.

Impossible is Nothing

Ver um deficiente de cadeiras de rodas a querer circular sem muitos percalços nas ruas de uma qualquer cidade com uma t-shirt que diz Impossible is Nothing dá que pensar, não?

terça-feira, maio 16, 2006

Leve onde quiser

A primeira vez que vi os anúncios da Sagres Chopp, com a Ivete Sangalo e onde se podia ler “Leve na boa”, não me pareceu que este fosse um bom slogan a usar cá em Portugal, mas como para todos os efeitos a Publicidade não é o meu ramo, partilhei a minha opinião com alguns colegas e fiquei-me por aí. Mas hoje, qual não é o meu espanto quando vejo que os cartazes dizem “Beba na boa”. Assim se vê como eu sou um pequeno génio à espera que alguém reconheça as minhas capacidades.
A propósito deste assunto, e porque queria arranjar uma foto dos cartazes para plantar aqui, fui ao google à procura e devo-vos dizer que não fui só eu a achar que o slogan podia ser propício a comentários menos próprios, como o meu título por exemplo...

Mas que nada...

Às vezes, acontecem-me coisas estranhas que não consigo explicar, como o que me aconteceu no caminho de casa. Não é nada do outro mundo (acho eu), mas são situações que me deixam a pensar e se algumas há em que penso que me acontecem porque fui má, porque tomei alguma atitude que não devia ou por outra razão semelhante, as como a de hoje deixam-me a pensar que afinal nem tudo é tão mau quanto às vezes parece.
Normalmente ouço as mesmas rádios, quanto mais não seja porque as tenho gravadas, e hoje, pelo caminho, estava a ouvir a Orbital quando me lembrei que há muito tempo que não ouvia a música “Mas que nada”, na versão cantada pelos Black Eyed Peas e decido mudar para a Cidade e não é que estava a dar essa música?
Não sei se isto acontece com mais gente, mas sei que eu me sinto de alguma forma gratificada por estes acontecimentos inexplicáveis.

Será?

O casamento é como o submarino: também flutua, mas foi feito para afundar!

Este é o slogan da peça de teatro "O Submarino" que junta Teresa Guilherme e Miguel Falabella no palco do Tivoli. Achei curiosa a frase e quis partilhar com vocês, na esperança de que muitos a contradigam. Eu, pelo menos, acho que o casamento não é um mar de rosas, mas também onde é que já se viu um mar de rosas? Só mesmo em filmes… ou seja, o casamento até pode ser como o submarino, mas com a hipótese de vir à tona para respirar mais um pouco!

sexta-feira, maio 12, 2006

Hoje é dia de festa

Não era para ser assim, não neste dia nem tão pouco desta forma, mas como não conseguimos controlar tudo - eu pelo menos não consigo - mesmo quando achamos que nada nos pode acontecer, houve um pequeno contratempo na minha vida que provocou esta reviravolta.
A primeira pessoa com quem falei foste tu e, nem de propósito, mudei de “casa” no dia do teu aniversário. O lado positivo que tentámos procurar no outro dia já apareceu. Andava perdido, mas aquela que não é linkável descobriu-o, afinal podia ter sido bem pior e esse é o lado positivo.Seja como for, serve este post para te dizer aquilo que já sabes há muito tempo – não sei como me aturas… e eu, não sei viver sem ti, sem as tuas ideias, sem as tuas opiniões, sem os teus pontos de vista, sem as tuas piadas, sem a tua presença quase constante na minha cabeça, mas sempre constante no meu coração. Se ainda não sabias, ficas agora a saber: és o meu melhor amigo e eu adoro-te!

Nem tinha dado por isso…

Motores de busca levam utilizadores até sites perigosos

Mentir nem sempre é mau

Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões. A sua cama estava junto da única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas.
Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres, famílias, das suas casas, dos seus empregos, onde tinham passado as férias… E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, passava tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que conseguia ver do lado de fora da janela. O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a actividade e cor do mundo do lado de fora da janela.
A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem e uma ténue vista da silhueta da cidade podia ser vislumbrada no horizonte.
Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava as pitorescas cenas.
Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar e embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas.
Dias e semanas passaram. Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo.
Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca. Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto. Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela que dava, afinal, para uma parede de tijolo!
O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosa do lado de fora da janela. A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. Talvez quisesse apenas dar-lhe coragem...