terça-feira, abril 13, 2010

O post que era para falar sobre pais e filhos

Dos mais preciosos ensinamentos que o meu pai me transmitiu, o que sempre me acompanhou e me parece inabalável diz: «quem tem cuidados não dorme». Não sei se é por ser de uma geração diferente, em que uma saída à noite se fazia a partir dos 18 anos, para mais, em que fumar e beber não era um acto de socialização, ou em que o desrespeito aos pais e pessoas mais velhas em geral se fazia punir com uma bela palmada, mas há muitas coisas nos jovens de hoje que não percebo. Mas também não sei até que ponto não serão os pais a fazer estes jovens assim. E isto porque queria falar sobre uma jovem que começa a trabalhar e leva a mãe para a acompanhar no primeiro dia. Mãe esta que vê os e-mails [de trabalho] da filha e tece considerandos [errados], levando a filha a faltar ao trabalho e que compensa a situação ligando para a coordenadora a pedir que a esclareça para, posteriormente, se apresentar novamente com a filha no trabalho. E isto em apenas uma semana. Também podia falar de um estagiário que trabalhou um dia. E era para ser sobre isto que me apetecia falar. Mas, depois, chego a casa e vejo a Oprah a entrevistar uma senhora que sofreu um ataque e ficou com a cara completamente desfigurada, sem olhos, nariz, boca e mãos, que vive cada dia com uma força infinita, e que um dos seus maiores desgostos é estar-se a aproximar o baile de finalistas da filha e não poder ajudar a escolher o vestido, e penso que não vale a pena falar de jovens que não dão valor ao que têm ou de pais super-protectores, pois são casos destes que me fazem repensar a vida e dar valor aquilo é realmente importante: a família, os amigos e a saúde! Tudo o resto, defeito ou feitio, a vida tratar-se-á de encontrar o caminho mais apropriado.