quinta-feira, setembro 21, 2006

Regresso a meio gás

Já pareço o meu querido amigo virtual, que volta e meia diz que desta é que é. Eu, ando desde 2.ªf - ‘tá bem que não é muito tempo mas se pensarmos que já vou quase com um mês de atraso, o caso torna-se mais complicado - a dizer o mesmo e até agora nada. A folha dos rascunhos, por assim dizer e porque agora não me arrisco a perder as minhas memórias, tem sido aberta todos os dias e as linhas vão aumentando, mas são parcas e sem nexo, tal é o turbilhão de post que se vão atropelando, já para não falar daqueles que já viraram cadáveres e se acumulam nos cantos mais inóspitos da minha mente.
A falta de tempo já não é desculpa. A falta de inspiração muito menos, mas então porque é que esta casa foi deixada ao abandono? Porque é que agora só escrevo enquanto estou sentada num banco de jardim à espera da hora do próximo compromisso? Tanto se passou nos entretantos e nada foi dito. Provavelmente também não iam interessar, mas são acontecimentos que fazem parte da minha vida e que quando a memória me atraiçoar – apesar de esperar que isso aconteça lá para os 98 anos, se bem que também não sei bem se quero chegar a essa idade – o que já começa a acontecer, vão ficar para sempre perdidos e não vai haver ninguém para se lembrar daquela vez em que… e não, não me vou atrever a dar exemplos. Um dia, talvez um dia – porque sei que ele vai chegar – ganhe novamente coragem ou me esconda atrás de um pseudónimo, quem sabe?, e consiga falar de mim, mas só para aqueles que já me conhecem e identificam à légua a origem, sem a sensação de me sentir quase violada.

Mas que porra de post este para quem há tanto tempo não aparece por estas bandas… foi o possível. E agora, a parte lamechas: obrigada a todos os que não desistiram de passar por aqui.

São 20h25 (eram, na altura em que escrevi isto no bloco que me acompanha quase para todo o lado) – continuo à espera de mais um encontro, mais um e-mail para os contactos, mais um telefone para a agenda e muitas, muitas mais experiências.