Era um dia de semana como outro qualquer, mas ela não quis a habitual companhia dos colegas com quem passa a maior parte do dia e foi almoçar sozinha. O centro comercial mais perto foi o destino. Quem sabe, não aproveitava ainda para fazer umas compras de Natal. Entre um almoço trocado e a visita a lojas com roupa a fazer lembrar a feira de uma qualquer aldeola do interior, o desconsolo da solidão, apesar do mau humor, levou-a até ao velhote que no Verão deve vender gelados mas que agora aproveita o frio para vender castanhas. Mas não eram as castanhas, congeladas, com bicho e a saber a bolor, que ela queria. Aquecer o coração era o objectivo. Recordar os tempos em que saía do trabalho, onde aí sim tinha amigos e não colegas, e obrigatoriamente ia comer castanhas (as melhores de Lisboa) ao pé do Apolo 70, ou quando ia para casa da outra amiga que lhe ensinou o que era uma patusca, uma cruzeta e outras quantas palavras que só quem mora ou tem familiares nas Beiras deve identificar, e ficavam a tarde toda em frente a conversar em frente à televisão a comer castanhas. As castanhas não eram realmente boas, mas as recordações não se apagam.
* título roubado a artigo do Diário de Notícias de 21-11-2006
7 comentários:
No Porto tb se diz cruzeta. :)
JB
ai que a minha patusca tem tantas saudades tuas!!!
beijos
Pois é... parece que hoje em dia, só existem colegas, porque amigos são muito muito poucos.
P.S.: Não te zangues comigo sandra! Ups... :p
e já agora... tenho 3 DVD's e mais outro no pc. :p
Mas não te zangues comigo. Nem tu nem o pai natal. ;)
era capaz de jurar que falta aqui um post!
:p
quem mais jura mais mente :P
falta sim sr., foi o meu grilinho da consciência
gri gri.
És muito boa pessoa!
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