quinta-feira, janeiro 03, 2008

Seguir os sonhos

Escrever é algo que gosto de fazer. No ano passado, tinha-me resolvido, depois da planta e do animal, a escrever um livro. Ainda não foi dessa e também não sei se será desta. Conhecedora da minha faceta de escritora, em tempos, a propósito de um concurso de contos de terror, a minha irmã incitou-me a participar. Depois de, em 2005, ter participado no concurso Desafio: Criar!, da Coolbooks, e de até ter sido distinguida com a Menção Honrosa, para este concurso já me devia sentir mais à vontade. A verdade, porém, é que já na altura não gostei do conto que escrevi, muito pessoal, e desta vez escrever um conto de terror também não me seduziu. Começar, dizem alguns autores, é o mais difícil. Eu concordo. No entanto, comecei o conto mas não lhe dei seguimento. Agora que estou a passar o ano que passou em revista, deixo aqui o curto início do que poderá ser uma bela história. Se andar por aí algum escritor e o quiser usar, sinta-se como em casa!

Do cimo da escada um som quase inaudível. O vento não se ouve, mas as folhas da laranjeira teimam em chocar contra a janela do quarto, enfeitada com os linhos da D. Virgínia. Cá em baixo, só o som da televisão e do teu roncar, acentuado pela crise de sinusite que sempre te ataca nesta altura do ano. Mas não são só as flores que pintalgam o jardim, dando-lhe um novo colorido.

3 comentários:

RM disse...

Ali, num canto que só tu e eu sabemos, a terra teima em mostrar o vermelho do sangue que tantas vezes quisemos esconder. Parece uma daquelas maldições típicas de um filme americano de categoria C, mas a verdade é que o sangue teima em estar sempre à mostra, a dizer olá, mesmo depois de lhe termos dito adeus à força da machadada. Qual de nós os dois será o primeiro a quebrar? Eu sei que aguento, mas de ti tenho dúvidas. No entanto, ali estás, tranquilo, a roncar cada vez mais alto graças à malfadada sinusite.

Agora tu.

Sara disse...

Os seus desejos são uma ordem! ;)

Na televisão um filme português, daqueles bem antigos em que o Vasco Santana era presença assídua. Nunca vi nenhum do início ao fim. Ao domingo, o único dia que era destinado à família, os meus pais bem insistiam nas sessões de cinema caseiras, mas filmes portugueses, com aquelas frases batidas que toda a gente usa, nunca foram o meu forte. Também não foi desta que lhe prestei muita atenção. O pátio, não das cantigas, como que chama por mim. Trouxemos o Pirata para nos fazer companhia, mas agora não sei se essa foi uma boa ideia.

RM disse...

Eu passo a outro e não ao mesmo!