domingo, dezembro 12, 2010

Teimosia em tempos de crise

Não há açúcar. A notícia saiu em todo o lado e as pessoas correram para os supermercados para abastecer a despensa com tal bem, tão precioso nesta altura festiva, sobretudo se pensarmos que cada um de nós não compra fora mas faz em casa o seu Bolo-rei, ou rainha, as lampreias de ovos, os sonhos e os coscorões. Tenho para mim que esta corrida ao açúcar é um pouco despropositada, mas basta um aviso e, regra geral, pensa-se que o mundo vai acabar amanhã, portanto, vamos lá comprar 5kg de açúcar. E hoje ao almoço diz-me o meu sogro: “vê lá tu que a Susana, que em 30 anos nunca aqui fez compras, veio comprar açúcar. E eu não lho vendi.” Eu, que cresci num café/restaurante, não foi a primeira vez que fui confrontada com situações semelhantes. Nos dias de hoje, com a crise, e porque a margem de lucro do tabaco é pequena, os meus pais guardam algumas marcas na gaveta, ao invés de estarem na prateleira à vista de toda a gente, para só venderem aos clientes habituais, porque os outros só lá vão comprar tabaco. E agora pergunto eu: mesmo com uma margem pequena, não será preferível fazer algum negócio a nenhum? Não consigo perceber este tipo de atitudes. Porque é que em vez de mostrarmos às pessoas que temos aquilo que elas querem e mais ainda, guardamos para dar aos mesmos de sempre? Não me parece que seja assim que se conquistem mais clientes, mas eu sou nova e eles é que estão nesta vida há muitos anos, por isso, é que sabem...

1 comentário:

Um brasileiro disse...

ola. tudeo blz? estive por aqui. legal. gostei. apareça por la. abraços.