quinta-feira, novembro 30, 2006

Será?

"Só escreve quem não está bem com a vida, quem está desde sempre descentrado e busca o irremediável equilíbrio nas palavras"
in Asfixia, de Pedro Paixão

Pensamentos

O pensamento do dia poderia ser:
"Há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam", de Henry Ford

Mas, a ocasião merece antes uma música:
muda de vida, se tu não vives satisfeito
muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
muda de vida, não deves viver contrafeito
muda de vida, se há vida em ti a latejar
Humanos

segunda-feira, novembro 27, 2006

O início

No início foi desta escultura que me lembrei. Era assim que me sentia, nua, de parte. Queria estar sozinha no meu canto, mas agora já não!
A harmonia está de volta. A semana passada um feito surpreendente pelo telefone. Hoje, um aqui mesmo ao lado. E parece-me que esta onda vai continuar. Como se costuma dizer: "pobrete, mas alegrete", e é assim que me sinto.

domingo, novembro 26, 2006

Piropo

Normalmente, não acho grande piada a piropos, mas este acho que é digno de ficar aqui para a posteridade.
"Olá minha estrela! Queres cometa?"

Qualquer dia, ainda te roubo a clientela ;)

quinta-feira, novembro 23, 2006

Vamos lá então fazer esse sacrifício

Um orgasmo global pela paz mundial
Uma página na internet convida todas as pessoas do mundo a ter relações sexuais no dia 22 de Dezembro. O objectivo é, através de um orgasmo global, canalizar toda a energia a favor da paz.

Mas que chatice, ainda falta um mês... bem, daqui até lá, treinemos para não falhar nesta missão tão nobre!

quarta-feira, novembro 22, 2006

Estou nas nuvens

Fazer uma reportagem sobre o papel de Markl no filme de animação Por Água Abaixo enquanto ouço a banda-sonora do Senhor dos Anéis é simplesmente divinal.

domingo, novembro 19, 2006

Coisas

A coisa estava a correr bem. Post diários, com algum interesse até, durante sete dias seguidinhos. A sensação de que estava a falhar, que tinha muitas coisas para dizer e que estavam a ficar para trás, sem que depois esta emmória já cansada apesar da tenra idade se lembrasse, que tinha algumas justificações a dar, como agora, “obrigaram-me” a dar sinais de vida. Mas este ritmo, em que o sinal está demasiadas vezes fechado, levou à quebra, à ruptura do compromisso comigo própria e voltei a falhar.
Guardadas na memória, prestes a passar para aqui, entre outras que entretanto deixaram de fazer sentido, está a história do regresso às aulas, onde passados quase dez anos aprendi qualquer coisa, que afinal as aulas podem ser interessantes e incentivar a pensar pela nossa própria cabeça, a questionar aquilo que nos dão como dado adquirido, numa hora tão fugaz que deixou o sentimento de quero mais. Está também uma história da redenção, já implícita neste post, porque também há que saber dar o braço a torcer. E depois estão todas aquelas coisas mais banais, para muitos, mas que marcam uma vida e uma carreira, como a entrevista de 20 minutos que teima em não sair do gravador, apesar de ter a noção de que dali vai sair uma obra-prima e não me sentir com plena capacidade para me dedicar a ela ou o facto de o fim do mês estar tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe e com ele tanta coisa para resolver, para decidir, para mudar.

Normalmente não uso a palavra “coisa”, não gosto, as coisas têm nomes! Mas hoje não me apeteceu pensar nisso, da mesma maneira que não me apetece pensar que não estou a fazer muito sentido. Há dias assim...

terça-feira, novembro 07, 2006

O comentário que virou post

A propósito do post "As mulheres e os carros" fui presenteada com este comentário que acho que deve aparecer na 1.ª página.
Obrigada JB

Sempre e nunca são palavras grandes demais. E mesmo que não fossem, todas as generalizações são abusivas (inclusive esta que acabei de fazer)...Ou seja, não, nem todos os homens pensam assim.E, já agora, relembro-vos um poema, que provavlemente já leram, mas que vem mesmo a calhar neste contexto:

"Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espias. Espias de Deus, disfarçadas entre nós.
Pare para refletir sobre o sexto-sentido.Alguém duvida de que ele exista?
E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?
E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?
E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não leva. O que acontece? O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!"Leve um sapato extra na mala, querido. Vai que você pisa numa poça..."Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...
O sexto-sentido não faz sentido!
É a comunicação direta com Deus!Assim é muito fácil...
As mulheres são mães!E preparam, literalmente, gente dentro de si.Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?
E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"...
Tudo isso é meio mágico...Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).
As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravazam?
Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...
É choro feminino. É choro de mulher...
Já viram como as mulheres conversam com os olhos?
Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar.Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.Quantos tipos de olhar existem?
Elas conhecem todos...
Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens!E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.
EN-FEI-TI-ÇAM !
E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?Para estudar os homens, é claro!Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...
Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era "um continente obscuro".Quer evidência maior do que essa?Qualquer um que ama se aproxima de Deus.E com as mulheres também é assim.
O amor as leva para perto dEle, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas.É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida.
Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.Mas elas são anjos depois do sexo-amor.É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.E levitam.Algumas até voam.Mas os homens não sabem disso.E nem poderiam.Porque são tomados por um encantamentoque os faz dormir nessa hora."
(Luís Fernando Veríssimo)

segunda-feira, novembro 06, 2006

O Perfume

Não me lembro ao certo o tempo que demorei, mas sei que não foi à 1.ª nem à 2.ª tentativa que o consegui ler de uma vez só. Um erro. Ou então não estava na altura certa para o ler. A verdade é que depois o adorei, mas também tenho uma explicação – que vale o que vale – para as dificuldades que tive. Não gosto de cheiros. Se for a passar em frente a uma perfumaria, mudo para o outro lado da rua. Antes dizia que o meu cheiro preferido era o dos coentros. Até cheguei a fazer velas com flores de coentros espigados a ver se dava resultado, mas a façanha não correu assim lá muito bem. Hoje em dia, que já estou mais crescida, já consigo apreciar alguns cheiros, acender umas velas lá por casa – adoro, sobretudo as de café – e até usar um perfumezito quando estou mais inspirada. Entrar em perfumarias continua a ser um sacrifício.

A foto em cima é do filme que quase garantidamente me vai fazer voltar a entrar numa sala de cinema, volvidos dois anos que estão desde a última vez. É de O Perfume, e deve ser a foto que melhor ilustra – pelo menos para mim – todas as sensações que o livro provoca. Ao ver esta imagem foi como se as palavras se reacendessem na minha mente e o cheiro da banca de peixe onde o Grenouille nasceu entrassem pelo nariz.

domingo, novembro 05, 2006

A nossa vida resumida

apesar de tudo quero acreditar que a nossa vida é muito mais que esta ilustração! Senão, quer-me parecer que não é vida sequer.

sábado, novembro 04, 2006

As mulheres e os carros

Que quando se tira a carta de condução se devia aprender a mudar pneus já ninguém dúvida – se bem que a ideia de ficar parada à espera que chegue um daqueles meninos que agora fazem o anúncio da OK Teleseguro para ajudar também não é má de todo -, agora o que os homens ainda não aprenderam foi a acreditar nas “sensações” femininas.
Parei o carro, saí e disse-lhe que estava a ouvir um barulho estranho, estilo pneu a vazar. Deve ser de estar a chover e do carro estar quente... sim, sim. Foi só sair da loja e chegar ao pé do carro para ver o pneu completamente em baixo. Rasgado de uma ponta à outra. A ajudar à festa só mesmo o facto de o pneu suplente estar vazio e termos de ligar a alguém para nos levar até à bomba de gasolina mais próxima para o enchermos. Help!!!! Vá lá que a chuva não nos brindou com a sua presença.
Meus senhores, que nós não percebemos de mecânica já vocês estão fartinhos de saber, agora, por favor, dêem-nos um pouco de atenção e não achem que o que nós ouvimos são sons vindos de outro planeta.

sexta-feira, novembro 03, 2006

Homem electrocutado por uma catenária

Este é o título de uma notícia que saiu hoje no Jornal de Notícias e, eis que, esta mente brilhante, do alto da sua ignorância, ao ler a frase, faz a seguinte associação: será que uma catenária é uma ave estilo raia que dá choques? Vá-se lá perceber as coisas que me passam pela cabeça…

Do piorzinho que já ouvi

A caminho de casa, enquanto fazia zapping pelos postos de rádio, eis que ouço esta pérola…
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

(…)
Letra e música: Gilberto Gil, Chico Buarque (1973)

Há mais mas não vos quero massacrar com o “afasta de mim esse cálice” repetido até à exaustão, e vendo assim, a letra até pode ser interessante, mas ouvida esta música é má, muito má. Das piorzinhas de sempre. Ou então sou eu que realmente não percebo nada de música!

quinta-feira, novembro 02, 2006

Mais perto do Céu

Os antigos chamavam-lhe Trono dos Deuses. Bruno Carvalho foi um dos poucos homens a estar lá sentado.

Mais uma daquelas histórias que julgamos não ser possíveis de acontecer…

Blogues portugueses a concurso

Já não sei onde, mas vi que há dois blogues portugueses que estão nomeados para uns prémios quaisquer e que ainda por cima podemos dar o nosso contributo na votação, mas sinceramente não retive essa informação. E porquê? Porque segui os links e fui parar a dois blogues nada apelativos. Que me desculpem a sinceridade mas é mesmo assim. Bem sei que o meu também é igual a outros milhentos, mas eu que não tenho jeito para o design tenho de me sujeitar à capacidade artística de outros. Mas, voltando aos blogues em questão, o podComer e o Diário de um Quiosque, como é que alguém ainda lê isto? Mas isto só pode ser uma cena de gaja, sobretudo com muito mau feitio. É que eu, independentemente do conteúdo, por mais absurdo que isto possa parecer, se o layout não for minimamente interessante nem consigo ler. Fico logo com a vista cansada e a querer saltar dali para fora. Que me desculpem os autores destes blogues, cujo mérito ninguém lhes tira, mas por favor: se ganharem o prémio, façam uma reformulaçãozinha, pode ser?

Festival da engorda em Óbidos

O ano passado estreei-me no Festival do Chocolate em Óbidos. Como fui logo no 1.º dia e era de semana, circulava-se à vontade, mas à medida que fui percorrendo as ruelas da vila foi chegando a desilusão com aroma de baunilha e chocolate.
Hoje, vinha no carro, quando ouvi a notícia da edição deste ano, que hoje começa. Para entrar na vila tem de se pagar 3€, se for de semana, e 5€ ao fim-de-semana. O que se calhar a maior parte das pessoas não sabe é que depois de estarmos lá dentro, alguns sítios ainda têm de ser pagos à parte, já para não falar nas filas intermináveis.
Ou seja, para quem não conheça Óbidos é uma boa desculpa para ficar a conhecer – se forem durante a semana para fugir à confusão -, mas para quem conhece, sinceramente – e sem ser a desculpa de se encontrar tudo e mais alguma coisa que a nossa imaginação já conseguiu inventar – é melhor deixar para outra altura. As partes mais interessantes são bastante perceptíveis na TV. Fica a faltar o chocolate, é verdade! Mas nada que um belo Toblerone ou um Milka, comprados num qualquer supermercado, não resolvam ;)

Também podia dizer que o Festival é um espectáculo e que as esculturas em chocolate são mesmo de deixar qualquer um de boca aberta, pela grandiosidade, pela capacidade de apelarem ao nosso lado mais infantil, pelas horas que demoraram a ser produzidas e pela beleza natural, que só dá para apreciar ao vivo, mas hoje estou numa de me queixar do preço...

quarta-feira, novembro 01, 2006

E parece que foi ontem

Há dois anos as unhas estavam imaculadamente pintadas à francesa, hoje estão vermelhas, cor da paixão e do amor que ainda sinto ao fim de tanto tempo. Ao início, toda a gente pergunta como está a ser e nunca menti: não é o mar de rosas que se vê em tantos filmes e talvez seja por isso que nos emocionamos tanto a ver certas histórias de amor, mas é óptimo e continuo a recomendar! Chegar a casa e ter alguém à nossa espera, falar, falar, falar ou ir directo para o sofá quase sem abrir a boca, fazer planos a dois, preparar surpresas para o outro, receber os amigos cá em casa, deixar a cama por fazer sempre que me apetecer, deixar a cozinha para arrumar amanhã, ter de limpar as casas-de-banho, aspirar e limpar o pó, partilhar o dia-a-dia, as angústias, aquele acontecimento mais marcante, jardinar ou tão só passear. É assim a vida a dois. E eu gosto!


Este foi o bolo com que presenteámos os amigos que vieram jantar connosco neste dia tão especial.