segunda-feira, março 05, 2007

Legumes com sabor a tubo de escape

Em tempos trabalhei para os lados de Cascais e tinha de passar diariamente pelo IC que liga a 2.ª Circular à A5. Lembro-me de reparar nas pequenas hortas ali mesmo à beira da estrada e de me fazer alguma confusão. Não porque realmente ache que os legumes possam saber a dióxido de carbono, mas pelo facto de as pessoas aproveitarem um qualquer cantinho de terra para fazer a sua agricultura. Lembro-me ainda de na altura reparar que eram sobretudo velhotes e lembrar-me do meu avô, que mesmo com o cansaço da idade nos ombros era na horta que se sentia bem. Provavelmente, estes velhotes nem sempre moraram nestas casas à beira da estrada e esta espécie de horta é o que mais de parecido têm agora com a vida que tiveram noutros tempos, ou então, este é o um dos poucos entretenimentos que têm enquanto esperam a morte sem baixar os braços. Agora vejo que sou uma sortuda por morar no campo onde, supostamente, o ar não é tão poluído e os legumes e frutos têm obrigatoriamente de ter um outro gosto. Afinal até nos programas de culinária da 2 dizem que não há tomates como os do campo. Sou também uma sortuda porque é só sair de uma porta e entrar na casa ao lado e trazer cebolas, alhos, batatas, a minha preciosa Lúcia Lima para o chá de fim de dia, limões, salsa, coentros, ovos, … Mas que estes legumes devem ter outro sabor devem…

O porquê de me ter lembrado disto agora, está aqui!

2 comentários:

Rafael disse...

Na maior parte das vezes, os velhotes que cultivam à beira da estrada, são mais velhos que a própria estrada. São parcelas de terreno que lhes são expropriadas para passarem a estrada.
Mas tens razão... não há melhor que os alimentos do campo. Não sou pessoa de vegetais, mas sei ver a diferença.

A Lucia Lima é o chá, ou a pessoa que mora ali ao lado?lol (Já disse que não gosto de chá?!). Não gosto de chá!lol

Bjs para a sortuda***

sara disse...

Isso é porque ainda não experimentaste o delicioso chá Paradise, que podes beber num cafézinho ao pé de Telheiras... quando quiseres experimentar, diz que eu acompanho-te!