segunda-feira, março 03, 2008

Broche de pino

Para quem como eu, que não sou grande apreciadora de poesia e tenho uma grande falha a nível de literatura portuguesa, não conhece a vida e obra de Luiz Pacheco, editor, escritor e revisor, entre tantos outros empregos, falecido no início deste ano, sugiro a leitura da última entrevista que deu ao Sol, onde se podem ler pérolas como estas:

«Com a Maria do Carmo tive dois filhos. Ela levou-me à Macieira, à Sertã. Cheguei lá, conheci a irmã [a menor Maria Irene], ‘Espera aí que esta não escapa’. Não escapou. A Maria do Carmo veio-se embora para Lisboa com a nossa filha, deixou-me lá com o outro pequeno e eu forniquei a irmã, que ficou grávida. Vim para Lisboa e, mais tarde, vivi com as duas no mesmo quarto.»

«Convenhamos que, ao longo da vida, o Luiz Pacheco também não se tratou muito bem.
Não, tratei-me! Fui conservado em álcool. A questão é que não havia dinheiro para grandes rambóias. Não estou taralhoco de todo. Estou é um bocadinho desmemoriado e tomo muitos medicamentos.
»

A entrevista na íntegra está aqui.

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