segunda-feira, junho 05, 2006

Ó pra mim tão religiosa

Há muitos, muitos anos, nos tempos em que não percebia nada de matemática (como se agora percebesse) e em que tinha tempo para bordar (sim, porque eu era uma menina prendada), o meu querido explicador pediu-me para lhe bordar um salmo em ponto de cruz.
O ano passado, fui a um casamento de uns primos muito especiais, que me pediram para fazer uma das leituras da cerimónia. Mas houve umas confusões e as leituras que eles tinham escolhido ninguém se lembrava quais eram. Conclusão: fomos falar com o padre, que nos disse quais eram as alternativas, e eu resolvi escolher o mesmo salmo, que já fazia parte da minha vida e que assim passei para eles.
E agora, há uns dias, recebi o mesmo salmo por e-mail, numa daquelas mensagens em que supostamente pedes um desejo e mandas o e-mail para não sei quantos amigos e o teu desejo se realiza. Como eu acho que nós precisamos de fazer algo mais do que mandar e-mails para que os nossos desejos se realizem, guardei o e-mail na caixa de correio para mais tarde recordar, mas acho que vale a pena colocá-lo aqui. Quanto mais não seja, porque eu gosto.
E reza mais ou menos assim:
“O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome. Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo. Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos. Derramais o perfume sobre minha cabeça, e transborda minha taça. A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias.”

1 comentário:

Rafael disse...

Igreja... Religião... cada vez tenho mais dúvidas.