terça-feira, julho 11, 2006

As conversas são como as cerejas

Costuma dizer-se que as conversas são como as cerejas. Não sei bem porquê, provavelmente será porque, às vezes, quando se puxa uma vêm mais umas quantas atrás. Bem, seja como for, deixem-me que vos diga: as melhores cerejas são as do Fundão e as melhores amigas também!

Seja como for, nos últimos dias as conversas têm realmente sido como as cerejas, mas num rol das más, daquelas que não queremos saber e até agradecemos que nos passem ao lado. Eu, pelo menos, prefiro assim.

Queria escrever-te, ligar, dizer mais qualquer que desse um outro alento, mas sei que não é isso que precisas. Queria dizer-te tanto, mas connosco não é assim. Mesmo a km de distância, dias sem falarmos, tudo acaba por ser dito, nem que seja em pensamento e isso é quanto basta. Não adianta forçar, já sabemos desta e de outras vidas. Não adianta pensar que as coisas se resolvem por si mesmas, temos de ser nós a dar um toquezinho para que avancem. E não adianta continuar com situações que sabemos que não nos levam a porto seguro. Por enquanto tens construído os teus castelos na areia, mas gabo-te a coragem e a força que, apesar de às vezes parecer que tem as capacidades do Homem Invisível, tens conseguido manter. Os tombos já podem ter deixado as suas nódoas negras, mas há uma coisa que sempre se manteve inalterada: continuas a ser tu própria e é por isso, e não por seres boa até mais não, de fazer parar o trânsito e de eu me divertir imenso a contar quantas pessoas ficavam a olhar embasbacadas para ti quando passávamos, que te adoro tanto.

Este não é o primeiro dia do resto das nossas vidas, mas é mais um que vai ficar para a história. Boa ou má, não interessa, porque só caindo se aprende a andar!

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