quarta-feira, agosto 02, 2006

Gosto tanto, mas tanto...

Se há coisa que me irrita solenemente é receber e-mails de pessoas que não conheço de lado nenhum, mas não estou a falar de spam. Estou a falar de pessoas que apanham o meu e-mail noutros e-mails (aqui também tem culpa quem envia e-mails com os destinatários visíveis) e que, por isso, se julgam no direito de me mandar e-mails sobre assuntos que não interessam nem ao menino Jesus.
A situação já não é inédita. A mais caricata foi a de uma senhora que apanhou os meus dados num site de uma amiga e resolveu entrar em contacto comigo para me oferecer os mesmos serviços que essa minha amiga. O que a senhora não sabia era que eu não precisava dos seus serviços e aquilo era uma brincadeira. Escusado será dizer que essa senhora levou uma resposta à altura do acto que tinha feito. Afinal, já não bastava ir buscar os meus dados à concorrência, como ainda mencionava que era assim que tinha ficado a par do meu suposto interesse por serviços daquele género.
Agora, enquanto nada se passa neste país à espera que o mês de férias se passe, recebi um e-mail de outra senhora que não conheço de lado nenhum e que apanhou o meu e-mail através dum colega de trabalho (calculo eu…), que me dá a conhecer uns novos cursos de musculação e afins.
Obviamente que é assim que se criam as bases de dados, mas faz-me alguma confusão este tipo de pessoas. Obviamente também, esta senhora vai receber uma resposta de volta e, enquanto a escrevo e antes ainda de enviar, penso que gostava que a senhora me respondesse de volta a justificar-se. Estas situações só me fazem lembrar quando vamos na estrada – e nisto acho que somos exímios – e insultamos ou gesticulamos em demasia com alguém que se atravessa à nossa frente ou faz alguma aselhice e depois aceleramos, prego à fundo, na esperança que o outro não nos alcance, porque depois não sabemos o que fazer.

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